Como a transformação digital alterou a forma de vender imóveis

Como a transformação digital alterou a forma de vender imóveis

Investindo sem freio em negócios disruptivos, construtoras já consolidadas no mercado e startups têm juntado forças para reinventarem seus modelos de negócio, adaptando-se às novas necessidades e exigências dos compradores.

Seja aderindo novas modalidades de lançamento mediante os diferentes meios digitais, ou repensando os empreendimentos e as dificuldades de financiamento por parte de quem busca um novo imóvel, sobreviver nesse novo cenário só é possível se houver reavaliação.

Mercado e redes sociais

O Brasil ocupa um lugar de destaque na utilização de meios digitais, liderando nas redes sociais. A facilidade de ter acesso a qualquer informação em apenas um clique e o crescimento dos e-commerces fizeram com que a internet virasse o principal meio de comprar do brasileiro.

Não atrás, construtoras e novos empreendimentos imobiliários tiveram que acompanhar o ritmo das novas dinâmicas de relação entre mercado e consumidor, trazendo propostas revigorantes para o mercado nacional.

De acordo com dados da Secovi-SP (Sindicato da Habitação), em 2019, o número de imóveis vendidos na cidade em 2019 cresceu 70% entre janeiro e setembro. Esse número é um completo sucesso, considerando as atuais conjunturas econômicas do Brasil.

Muitos desses empreendimentos fizeram uso da internet e principalmente das redes sociais, para ampliarem o alcance e aproximarem suas propostas dos objetivos de compra do consumidor.

Tendências

Uma construção, normalmente, vai durar por muitos anos, o que não possibilita que seja desenvolvida com muita base em tendências passageiras. Mas a realidade tem sido bastante diferente.

Deixando as tendências estéticas para um momento posterior, mais atrelado à decoração, o mercado passou a considerar bastante as tendências de comportamento.

Espaços compartilhados, integração com diferentes ambientes, áreas específicas para cada atividade — coworking, living rooms, etc. — concretizaram nos imóveis novos as nuances de um novo tipo de interação social, super atrelada com o mundo digital.

A falta de espaço em terrenos não diminuiu a grandeza dos edifícios que abrigam dentro de si verdadeiras cidades. Os apartamentos diminuem de tamanho, mas dão espaço a ambientes de circulação coletiva, onde cada um utiliza o espaço como bem lhe convém.

Aliás, a coletividade é uma das tendências que mais pautou os novos lançamentos, não só no Brasil, mas no mundo.

Abordagem inicial

O sucesso de um empreendimento imobiliário nos dias de hoje passou a se dividir além da quantidade de unidades vendidas. O comprador avalia uma lista extensa de itens antes de decidir se quer visitar os corretores pessoalmente.

A presença das construtoras nas redes sociais começa muito antes do anúncio de um novo condomínio. Elas já captam as pessoas atrelando conteúdos relevantes, usando a linguagem de acordo com o público-alvo e as estratégias inteligentes de atrair compradores por meio de ideias, criando, assim, um imaginário a respeito do empreendimento.

A necessidade de interação com o público, entendimento de suas reais necessidades e desejos e a valorização de sua visão de mundo contribuem para um melhor diálogo com o contexto que o imóvel vai estar inserido e que vai inserir na cidade.

Hoje, alguns sites permitem que os próprios futuros compradores desenvolvam suas plantas, personalizem diversos aspectos dos ambientes comuns, e tudo isso antes mesmo do fechamento do projeto.

Essa aproximação com a realidade talvez explique o crescimento do número de unidades vendidas no ano anterior, mas ainda há muito trabalho a fazer se esse setor quiser manter a relevância de compra das pessoas.

Projetos antigos, como prédios modernistas nos centros urbanos, oferecem muito mais espaço, com propostas às vezes muito parecidas com as de projetos novos, que carecem de plantas espaçosas. O diferencial está na relação criada com o comprador desde a concepção do projeto até a entrega.

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