Basta transitar pelas ruas de Rondonópolis para perceber os inúmeros ambulantes praticando o comércio ilegal na cidade.
Enquanto órgãos oficiais fiscalizam restaurantes, bares, supermercados, o comércio informal `corre solto´ e gera revolta em empresários de Rondonópolis .
Um exemplo denunciado a reportagem do Primeira Hora é o caso na Praça dos Carreiros.
Onde foram retiradas duas bancas de jornal para revitalização do local.
Após um início promissor da reforma, ainda na gestão Percival Muniz, as obras pararam e os ambulantes tomaram conta da praça.
O que algumas pessoas se perguntam é qual o motivo da retirada das bancas e o porquê da permanência dos ambulantes.
Este é somente um caso entre vários presenciados na cidade.
O comércio ilegal compete com restaurantes, bares, supermercados e lanchonetes que pagam altos impostos, contam com funcionários regularizados, alvarás em dia, e tudo isso gera um custo para os empresários.
De acordo com o Departamento de Controle Urbano os ambulantes que estão na Praça dos Carreiros assim como em outros locais da cidade são irregulares e não têm autorização da Prefeitura.
Para buscar revolver a questão, sem deixar de lado o social que envolve o problema, o Departamento vem fazendo um trabalho de conscientização para que os ambulantes não fiquem instalados nas calçadas da cidade.
Além disso, a Prefeitura está buscando viabilizar um local fixo para que esses vendedores possam trabalhar regularmente e formalizados.
Empresários reclamam
Em encontro no mês de maio deste ano, na Acir, empresários do setor de alimentação (bares, restaurantes, lanchonetes e padarias) se reuniram para debater a questão.
Os empresários questionaram os termos da fiscalização rigorosa que enfrentam, em detrimento à fiscalização e controle dos estabelecimentos informais ou mesmo ambulantes.
O presidente da CDL, Neles Farias, foi taxativo ao afirmar que o que falta em Rondonópolis é respeito a quem trabalha na legalidade.
“Somos fiscalizados, cobrados e nossos impostos e taxas só crescem. Enquanto isso os informais vendem comida, roupas e móveis sem pagar nada e nem passam pela fiscalização”.
Juarez Orsolin, presidente da Acir, disse que os empresários devidamente instalados e legalizados, acabam pagando uma conta alta por estarem trabalhando e pagando seus impostos.
“Se a questão social é tão fortemente defendida, o município precisa colocar na balança. Nós trabalhamos, geramos emprego e renda e ainda assim somos, muitas vezes, relegados pelas autoridades. Precisamos rever as Leis e fazer com que elas sejam cumpridas por todos os cidadãos”.