Ciclo de Formação Humana na educação é debatido em Alta Floresta

Redação PH

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Ciclo de Formação Humana na educação é debatido em Alta Floresta

O deputado Wilson Santos (PSDB), líder do governo na Assembleia Legislativa, apresenta em audiência pública, nesta sexta-feira, na Câmara Municipal de Alta Floresta, às 9h, o relatório de avaliação do Ciclo de Formação Humana. Na quinta rodada de debates, o parlamentar também falará sobre a urgência de se estabelecer mudanças que assegurem a evolução no sistema de ensino, a partir do efetivo aprendizado em sala de aula.

Em sessão plenária nesta quinta-feira, o parlamentar falou sobre a proposta para a organização do ensino público fundamental no estado, o chamado Ciclo de Formação Humana. “Precisamos discutir o que é mais grave. Reter o aluno que não aprendeu, ou deixá-lo seguir sem conhecimento. Nas discussões que já fizemos, foi colocado um exemplo de uma garota que tem um irmão com 16 anos de idade, está terminando o ensino fundamental, e não sabe escrever o nome dele. Infelizmente essa tragédia é uma realidade em Mato Grosso”, disse.

Destacou ainda a necessidade de encontrar respostas para o que classificou como “um dilema” se referindo ao modelo vigente. “Depois de conversamos, de dialogarmos, nós chegamos ao impasse, que é saber se devemos continuar permitindo que os alunos continuem avançando na chamada progressão automática, sem conhecimento mínimo, ou vamos ter coragem de trazer a retenção de volta? Mas a retenção que estamos trazendo de volta não tem o caráter punitivo, de crueldade, maldade, prazer em reter. A retenção que estamos propondo é uma nova oportunidade, uma nova chance, para que aquele aluno possa adquirir o conhecimento não possível. A retenção não será para os três anos do ciclo, mas apenas no último ano de cada ciclo”, observou.

Em 2015, Santos liderou discussões em todo o estado, resultando na elaboração da proposta para o ensino fundamental. O parlamentar reitera a importância do diálogo. Isso porque oportuniza a possibilidade de se confirmar um formato que passe a valorizar os métodos de aprendizagem, retendo aqueles que não possuem condições suficientes para seguir os outros níveis. O modelo de ciclos foi adotado em Mato Grosso desde 2000, se tornando obrigatório a partir de 2007. Esse sistema é questionado em razão de falhas graves detectadas no decorrer de sua aplicação, como aprovação de alunos sem o devido preparo.

Nos primeiros quatro meses de 2016, já foram realizados debates em Cáceres, Tangará da Serra, Rondonópolis e Barra do Garças. Nas audiências públicas, os participantes podem sugerir propostas de mudanças, a serem inseridas no relatório preliminar.

Participam dos debates desta sexta-feira os representantes da Secretaria de Estado de Educação, Centro de Formação e Atualização de Professores (Cefapro), Universidade Estadual de Mato Grosso (Unemat), Ministério Público, diretores e coordenadores das escolas estaduais e municipais de Alta Floresta, Sintep, prefeitos, vereadores e sociedade civil organizada.

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