A chanceler alemã, Angela Merkel, prometeu nesta segunda-feira ante o seu partido "reduzir de maneira perceptível" o fluxo de refugiados em nível europeu, apesar de negar o fechamento das fronteiras em nome de um "imperativo humanitário".
"Mesmo um país forte como a Alemanha será ultrapassado no longo prazo com tais números elevados de refugiados", disse ela ao seu partido, a CDU, reunido em congresso.
"Queremos e vamos reduzir o número de refugiados perceptivelmente", acrescentou.
Com base no slogan "nós vamos chegar lá", ela reiterou que a solução reside em um acordo para uma "solidariedade europeia" e um reforço dos controles nas fronteiras externas da Europa, bem como um trabalho com a Turquia, rejeitando uma limitação às entradas na Alemanha, uma reivindicação de alguns dentro de seu próprio partido.
"Nós não vamos ter sucesso nos trancando. Em pleno século 21, trancar-nos não é a solução", disse a chanceler.
Falando de um desafio "histórico" para a União Europeia, a chanceler manifestou a certeza de que a Europa "vai superar este teste", apesar dos avanços lentos.
Ela também reiterou que o acolhimento de refugiados era para a Alemanha e a Europa uma obrigação, defendendo a sua decisão de abrir as portas aos refugiados.
"Isto foi nada menos do que um imperativo humanitário", ressaltou.
Os delegados da CDU têm de adotar nesta segunda-feira um texto sobre a sua estratégia para lidar com o fluxo migratório que resume a posição da chanceler, apesar dos numerosos apelos dos democratas-cristãos para endurecer a sua política.
A Alemanha havia registrado até o final de novembro quase um milhão de migrantes, um número simbólico que deve ser ultrapassado antes do final do ano.