O prefeito Zé Carlos do Pátio confirmou que foi procurado por representantes da empresa que vendeu ao município aparelhos respiradores diferentes das características que foram contratados pelo município.
O prefeito explicou que a empresa chegou a propor um acordo para resolver a situação. Pátio, no entanto, não aceitou, alegando que o prazo para a entrega dos novos respiradores era mais longo do que a necessidade do município.
Ele, por outro lado, alegou que esse caso está sendo cuidado pelo procurador geral do município, Anderson Goddoy, que deve voltar a conversar com a empresa nesta quarta-feira (29). “Eles ficaram de fazer uma outra proposta”, disse o procurador.
O município, independente da proposta da empresa, acionou a Justiça pedindo o bloqueio dos recursos que foram pagos à empresa. Godoy ainda explicou que a Polícia Civil está investigando o caso. “Posso falar do que ocorre na esfera civil”, resumiu o procurador. “Qualquer decisão vai passar pelo Ministério Público, Justiça e Polícia Civil”, completou o prefeito.
O caso ganhou repercussão quando uma servidora do PA abriu uma das caixas do produto que chegou e percebeu que não se tratava de respiradores e sim de monitores.
Diante da informação e do fato de que o produto era diferente do contratado, a secretaria de Saúde acionou a Polícia, que passou a investigar o caso.
A empresa alegou que não houve má fé e que o fornecedor chinês do respirador teria entregado um produto diferente. O valor pago pelo município foi mais de R$ 4 milhões.