Candidato de Rondonópolis inova ao criar “santinho” com sementes em sua composição

Candidato de Rondonópolis inova ao criar “santinho” com sementes em sua composição

Inovação e meio ambiente – O candidato a vereador Almir Batista viralizou nas redes sociais com o “santinho” ecológico feito de papel reciclado e biodegradável que possui sementes de salsa, rúcula e manjericão. “A propaganda eleitoral não causa apenas aborrecimento para muitas pessoas. Ela também agride o meio ambiente”, disse Almir.

“É possível verificar os impactos ambientais gerados pelo processo eleitoral na ocorrência de várias formas de poluição, decorrentes principalmente da propaganda eleitoral: poluição visual, sonora, atmosférica, eletrônica, geração de resíduos sólidos e poluição do solo, além do consumo de recursos naturais”, conta Karina Bedran, mestre em direito ambiental e desenvolvimento sustentável.

A fonte de poluição do nosso processo eleitoral mais visível é, sem dúvida, o famoso “santinho”, aquele panfleto com o número dos candidatos que é amplamente reproduzido e distribuído nessa época. O seu destino, na maioria das vezes, é o chão, gerando uma grande quantidade de lixo, entupindo bueiros e causando enchentes, além do consumo de recursos naturais para a sua produção.

“Para cada tonelada de papel produzido, são consumidos aproximadamente 20 árvores e 100 mil litros de água. Segundo informações do TSE*, nas eleições municipais de 2012, foi necessária a derrubada de aproximadamente 600 mil árvores e o consumo de 3 bilhões de litros de água no país para a produção desse material”, diz Bedran.

Quanto à poluição atmosférica, as eleições também contribuem para o aumento de CO2 na atmosfera. “Nas Eleições de 2012, o valor declarado na prestação de contas dos candidatos referente ao consumo de combustível e lubrificante equivaleria a mais de 110 milhões de litros de gasolina, que, consumida, geraria cerca de 250 mil toneladas de CO2”, acrescenta.

Pensando no meio ambiente, Almir Batista, candidato a vereador na cidade de Rondonópolis buscou estratégias de propaganda eleitoral com menor impacto ao meio ambiente, visto que no modo tradicional e na prática, os alto-falantes, a realização de reuniões, os encontros, e muitos panfletos nas ruas, causa diversas fontes de poluição e um grande impacto ao meio ambiente.

Sustentabilidade – A atitude do candidato foi bem vista pela sociedade. Em cada “santinho”, além da foto do candidato e o número para o voto, vem a explicação de como usar o papel: ‘semear, regar e cultivar’– Por Nossa Rondonópolis. “Assim além de contribuir com a educação ambiental, buscamos estratégias para ações de sustentabilidade”, disse.

Como o material é ‘papel semente e reciclado’ com as fibras de celulose que são biodegradáveis no solo e as tintas são sustentáveis e a base de água, assim ela se desfaz quando você molha o papel para plantá-lo sem prejudicar a terra. “Então só a atitude de não jogarmos o papel no meio ambiente, é gratificante para mim no sentido de saber que fiz algo que realmente vai ser bom para ‘Nossa Rondonópolis’ e o meio ambiente”, complementa.

Para um dos apoiadores do candidato, “depois do uso, podem germinar uma linda mudinha de flor ou hortaliça. Nosso objetivo é que cada vez mais possamos contribuir juntos para gerar vida ao invés de lixo. Além de estimular gestos que florescem e abrem sorrisos de quem recebe “santinho”, disse Gustavo Santana.

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