“Bonito não atropela”: observação e proteção da fauna são atrativos à parte

Foto: Hudson Garcia/Sectur Bonito (MS)

“Bonito não atropela”: observação e proteção da fauna são atrativos à parte

Com o objetivo de reduzir os índices de atropelamentos de animais silvestres nas rodovias de Mato Grosso do Sul, o projeto “Bonito Não Atropela” quer fazer da capital do ecoturismo do Estado uma referência na preservação da fauna nas estradas. A medida visa a proteger, inclusive, espécies ameaçadas de extinção como o macaco-prego, comum na cidade. 

De acordo com o representante da Ampara Silvestre, uma das instituições idealizadoras do projeto, Maurício Forlane, Bonito (MS) não é o local com mais mortes de animais nas estradas. Contudo, o município tem maior potencial transformador do que outros, pois sobrevive da biodiversidade, é modelo do ecoturismo e conta com o clamor popular. Por essa razão, foi escolhido como vitrine para o projeto.

As medidas de mitigação de atropelamentos são implantadas nos pontos críticos da malha viária de Bonito. As ações incluem a instalação de cercas nas margens das rodovias, que direcionam o animal até locais seguros de travessia. Além disso, as passagens subterrâneas ou aéreas de fauna também recebem atenção. Elas permitem manter o fluxo entre as populações de animais, cortado pelas estradas, e, ao mesmo tempo, fazem com que eles  não corram risco.

A união faz a força

O “Bonito Não Atropela” une esforços junto ao projeto “Estrada Viva”, desenvolvido pelo Governo do Estado, com intermédio da Secretaria de Estado de Infraestrutura (Seinfra). A iniciativa tem, ainda, parceria com a Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos (Agesul), com a Universidade do Estado de Mato Grosso do Sul (UEMS) e com organizações não governamentais (ONGs).

O “Estrada Viva” é um programa permanente e existe desde 2016, com ações de monitoramento e de redução de atropelamento de animais nas rodovias MS-040, MS-178, MS-382 e BR-359.

O Centro de Estudo em Meio Ambiente e Áreas Protegidas (Cemap/UEMS) propõe medidas preventivas e de mitigação dos incidentes por meio da catalogação das espécies atropeladas e da identificação dos principais pontos de passagem de animais silvestres.

Conforme ressaltado pelo representante da Ampara Silvestre, Maurício Forlane, a instalação de telas de proteção nas duas margens da MS-178, que ficam na entrada de Bonito, são as atitudes mais visíveis, a curto prazo, para moradores e visitantes. 

Economia e sustentabilidade

Bonito é um município comprometido com o uso sustentável dos recursos naturais e conta com uma política de preservação ambiental consistente e com infraestrutura para os turistas que buscam apreciar a natureza. 

A cidade é famosa internacionalmente pelas cachoeiras e rios de água cristalina, pela diversidade de peixes e pela presença de animais silvestres variados. Aves também podem ser observadas no local, como o tucano-de-peito-branco, o carcará, a arara-vermelha, a azul e a canindé. 

Passeios em Bonito e responsabilidade ambiental

Todos os ecossistemas de Bonito apresentam riqueza em fauna, o que também atrai turistas de todos os lugares do mundo. Para participar das experiências em meio à natureza, os visitantes devem respeitar o contexto natural e a cultura da região em que estão inseridos. 

O percurso do Rio do Peixe é um exemplo de passeio que atende à procura por experiências com esses elementos. O percurso passa por onze cachoeiras e a atividade dá direito a nove paradas para banho. São cinco cachoeiras, uma plataforma de salto na Cachoeira do Poção, um ponto de banho com peixes, um ponto com carretilha e uma tirolesa. Atrações à parte também chamam a atenção dos turistas como os animais silvestres que aparecem ao longo do trajeto. 

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