Blairo sugere à ministra Kátia Abreu revisão de protocolos internacionais e criação de Zona Livre da Febre Aftosa

Redação PH

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Blairo sugere à ministra Kátia Abreu revisão de protocolos internacionais e criação de Zona Livre da Febre Aftosa

As relações comerciais do Brasil foram debatidas nessa quinta-feira (19.03), num encontro com a ministra de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Katia Abreu, na Comissão de Agricultura do Senado (CRA). Em especial, o protocolo entre Brasil e Rússia, que segundo o senador Blairo Maggi precisa ser revisto.

“Nós sabemos que não existem só as barreiras comerciais ou financeiras entre países, mas também, as documentais e de ordem sanitária. Enquanto exportador, quando mandamos soja para a Rússia, por exemplo, nós assinamos o protocolo de lá, exigindo que não haja nenhum grão de picão de preto, sob pena de navios voltarem carregados. Então, precisamos ter um mínimo de tolerância para esse tipo de situação. E esses detalhes são tão importantes para nós, que há casos em que muitas empresas fazem uma relação triangular, usando outros países, para fugir desse tipo de regra, por conta dos prejuízos que são muito grandes”, disse Maggi.

Em resposta, a ministra Kátia Abreu, explicou que os protocolos dos últimos dez anos estão sendo revisados de acordo com os interesses do Brasil.

“Estamos avaliando os protocolos de 2005 para cá, as mudanças do sistema são muito constantes, e por isso estamos analisando um a um. Já fiz, inclusive, um apelo ao adido de agricultura (do Brasil) no BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). Quando nós abrimos exceções em alguns protocolos, nós perdemos a razão, por assim dizer. Precisamos ter um marco, um foco, e brigar até as últimas consequências em cima dessa normalidade, dessa regra internacional”, declarou Kátia Abreu reforçando a necessidade no Brasil manter posicionamento frente ao mercado internacional.

Na ocasião, a ministra relembrou a greve dos caminhoneiros, da qual o senador Blairo Maggi participa da mesa de negociações, ainda em curso.

“Nesse episódio dos caminhoneiros, o senador Blairo Maggi teve a maior importância para encontrarmos uma solução, como representante de uma trading, junto aos demais colegas, ele comandou esse processo com muito desprendimento. Quero agradecer sua participação”, realçou a ministra.

ZONA LIVRE DE FEBRE AFTOSA

Durante a audiência Maggi citou que o Brasil sai à frente quando o assunto é a questão sanitária, e relatou a incidência de febre aftosa em Mato Grosso, que há quase 19 anos está livre da doença.

“Quando nós teremos no Brasil zonas declaradas livre de febre aftosa? Cito como exemplo Mato Grosso, que há quase duas décadas não tem nenhum caso registrado. Assim como é o estado de Santa Catarina, sem vacinação, para a exportação de suínos. Qual é o encaminhamento disso, ou nunca conseguiremos enquanto País, ter essas regiões separadas?”, questionou Blairo.

A ministra comentou que um relatório entregue à Controladoria Geral da União (CGU) em 2014, relativo ao exercício do ano anterior, demonstrou a carência de fiscais agropecuários para áreas técnicas e subunidades do Mapa, além de servidores do nível médio. Mesmo com Concurso Público realizado em maio de 2014, as necessidades não foram completamente atendidas.

Mas, destacou que esse assunto é pauta do Mapa. “Saindo o atestado de que Amazonas, Amapá e Roraima estão livres da febre aftosa, nós também estaremos completando com os países da América do Sul, provavelmente seremos o primeiro continente do mundo a ser livre da febre”, alertou a ministra.

Mato Grosso

Segundo estudo do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), o agronegócio de Mato Grosso representa 50,46% do PIB do Estado. E, nessa atividade, o estado é dono de um rebanho bovino na ordem de 28,4 milhões de cabeças. Isto dá a Mato Grosso o título de maior criador de gado do País. No ranking nacional de produção, Mato Grosso é o primeiro em produção de gado, soja, algodão, milho e girassol, com a taxa de crescimento do PIB em 9,9%. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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