Banco Central prevê conta de luz 51,7% mais cara neste ano

Redação PH

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crise econômica pode trazer oportunidades de investimento, avalia especialista

Banco Central prevê conta de luz 51,7% mais cara neste ano

O BC (Banco Central) divulgou, nesta quinta-feira (29), a ata do Copom (Comitê de Política Monetária) da última reunião, realizada nos dias 20 e 21 deste mês, quando manteve a taxa básica de juros, Selic, em 14,25% ao ano. O relatório aponta as expectativas de alta dos preços da gasolina, do botijão de gás e da energia elétrica neste ano.

O reajuste na conta de luz, por exemplo, teve um aumento em relação à ata anterior (divulgada em setembro). Agora, o BC espera uma alta acumulada neste ano de 51,7%. Antes, a expectativa era de que, em 2015, a energia elétrica ficasse 49,2% mais cara para os brasileiros.

Outro preço que disparou, na previsão do BC, foi o da gasolina. O aumento esperado para este ano é de 15%. Na ata anterior, era de 8,9%. O preço do gás de bujão também acelerou. A expectativa do BC é que o produto termine o ano com uma alta acumulada de 19,9%, antes, a estimativa era de 15%.

Esses preços indicam a pressão sobre o conjunto de preços administrados por contrato e monitorados. O Copom projeta uma variação de 16,9% em 2015, ante 15,2% considerados na reunião de setembro.

Mais uma vez, o Copom afirma que as informações disponíveis sugerem “certa persistência da inflação”, o que se reflete, em parte, a dinâmica dos preços no segmento de serviços e, “no curto prazo, o processo de realinhamento dos preços administrados e choques temporários de oferta no segmento de alimentação e bebidas”.

As projeções coletadas pelo Gerin (Departamento de Relacionamento com Investidores e Estudos Especiais) para a variação da inflação oficial, o IPCA (Índice Nacional de Preço ao Consumidor Amplo), neste ano passou de 9,28% para 9,75%. Já as previsões para 2016 aceleraram de 5,51% para 6,12%.

O Copom afirma ainda que, “embora reconheça que reconheça que outras ações de política macroeconômica podem influenciar a trajetória dos preços”, a política monetária vai continuar a se manter “especialmente vigilante, para garantir que pressões detectadas em horizontes mais curtos não se propaguem para horizontes mais longos”.

O Copom retirou do documento a expectativa de que a inflação siga para a meta ainda em 2016. Na ata anterior, a estimativa era a de que a convergência para 4,5% aconteceria no final de 2016. Agora, a política monetária tem que assegurar o cumprimento dos objetivos do regime de metas e a convergência da inflação para a meta no “horizonte relevante”.

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