Autor de ataque em escola falou do crime em rede social; quem curtiu será investigado, diz secretário

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Adolescente passou de sala em sala - Reprodução

Autor de ataque em escola falou do crime em rede social; quem curtiu será investigado, diz secretário

O secretário da Segurança Pública do Estado de São Paulo, Guilherme Derrite, afirmou na tarde desta segunda-feira (27) que o adolescente de 13 anos que cometeu um atentado na Escola Estadual Thomazia Montoro, que matou uma professora e feriu outras quatro pessoas, falou sobre o crime no Twitter.

O perfil do estudante, porém, era restrito, segundo o secretário. A polícia conseguiu descobrir as informações pelo celular do próprio autor do ataque.

Agora, os investigadores vão identificar quem foram as pessoas que interagiram com o adolescente.

“Mas que outros colegas dele ali dessa rede social tinham ciência, até pelo número de curtidas de cada comentário dele ali, a gente vai investigar. […] Todo mundo que clicou e curtiu algum comentário ou fez algum comentário em cima de uma postagem dele vai ser objeto de apuração por parte da Polícia Civil. Sendo alguém com menos de 18 anos de idade, os responsáveis vão ser chamados”, afirmou Derrite em entrevista coletiva.

O chefe da segurança paulista também declarou que a polícia vai apurar se houve ajuda ou participação de outras pessoas, ou se alguém sabia que ele planejava o ato.

Chamado por diretora

O autor do ataque tinha marcada para hoje uma conversa com a diretora da escola sobre uma briga com outro estudante na semana passada.

Segundo o secretário estadual de Educação, Renato Feder, o garoto já havia sido transferido de outra escola para a atual por problemas de violência, comportamento que continuou a ser mostrado na nova instituição de ensino.

O ataque

O adolescente entrou armado com uma faca na escola, que fica no bairro de Vila Sônia, na manhã desta segunda feira.

A professora de ciências Elisabete Tenreiro, de 71 anos, foi a principal vítima dele. Mas outras três docentes também foram feridas — Ana Célia Rosa (história), Rita de Cássia (matemática) e Jane Gasperini.

“A professora Ana Célia foi a mais atingida. Ela passa bem, não corre risco de vida. Nenhum aluno também corre risco grave, teve um aluno ferido só, mais leve”, disse Feder.

O agressor, que estuda no 8º ano, foi apreendido após ter sido imobilizado pela professora Cíntia Silva Barbosa, de educação física. Outra docente conseguiu tirar a faca da mão dele.

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