“Atletas com e sem deficiência são tratados de forma igualitária”, declara paratleta atendida por programa do Estado

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Divulgação CPB

“Atletas com e sem deficiência são tratados de forma igualitária”, declara paratleta atendida por programa do Estado

Ana Carolina Duarte e outros 18 paratletas do Estado são beneficiados com políticas públicas do Governo de MT

Destaque do goalball, a atleta paralímpica Ana Carolina Duarte, de 36 anos é uma das esportistas com deficiência atendidas com Bolsa Atleta do programa Olimpus, que é promovido pelo Governo de Mato Grosso. Ela perdeu a visão aos 11 anos por causa de um tumor cerebral e, no goalball, descobriu sua vocação esportiva. Na Seleção Brasileira, participou da conquista do bronze no Mundial de Goalball, na Suécia, em 2018, garantindo a vaga nos Jogos Paralímpicos de Tóquio.

Neste 22 de setembro, é celebrado o Dia Nacional do Atleta Paralímpico e a Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer (Secel-MT) tem realizado várias ações para impulsionar as práticas esportivas paralímpicas, como o Olimpus, do qual Ana Carolina e outros mais de 600 atletas mato-grossenses. A atuação tem dado resultados positivos. 

Em sua mais recente disputa pelo time feminino do Brasil, ela conquistou para o Estado mais uma medalha de bronze nos Jogos Mundiais da modalidade, realizado na Inglaterra, em agosto deste ano. 

Ana Carolina integra o time do Instituto dos Cegos do Estado de Mato Grosso (Icemat).

“Aqui a gente vê uma política pública em que os atletas com e sem deficiência são tratados de forma igualitária, e isso me dá um grande orgulho”, destacou a esportista contemplada pelo programa Olimpus na categoria Internacional.

Do goalball, sete esportistas de Mato Grosso são contempladas com Bolsa Atleta do programa Olimpus. Além da modalidade desenvolvida exclusivamente para pessoas com deficiência visual, o programa beneficia outros 18 atletas paralímpicos do atletismo, natação, judô e futebol de cegos.

“Temos um olhar especial para os atletas com deficiência, uma atenção que está nas cotas diferenciadas para esse público e em muitas outras ações de fomento. São políticas públicas que têm ajudado a surgir grandes talentos paralímpicos no Estado e contribuído para a mudança de vida de muita gente por meio do esporte”, destaca o secretário da Secel, Jefferson Carvalho Neves.

Maike Toscano/Secom-MT

O novo edital em andamento conta com R$ 6,6 milhões de investimento e prevê que 20% das bolsas concedidas sejam reservadas a atletas com deficiência que atuam nas modalidades paradesportivas. 

Com o Bolsa Técnico, que também faz parte do Projeto Olimpus, o Governo de Mato Grosso fomenta ainda o trabalho de diversos treinadores esportivos que atendem atletas com deficiência. Um dos técnicos beneficiados é Jerson Vicente Demamann, professor na Rondonópolis Associação de Atletismo e Esporte Inclusivo (RAAEI).

“Esse incentivo financeiro do Governo de Mato Grosso é uma forma de incluir as pessoas com deficiência, pois a inclusão econômica faz parte da inclusão social. Para nós técnicos possibilita uma atuação com mais qualidade, tendo em vista que o esporte paralímpico é bastante desafiador por causa das diferentes deficiências e graus, são atuações que demandam mais tempo e gastos com cursos em busca de conhecimento”, explicou Jerson. 

Outra política pública estadual de fomento às atividades paralímpicas é o programa Pontos de Esporte e Lazer. Por meio dele, instituições em todo o Estado recebem suporte financeiro para desenvolver projetos esportivos de interesse social e coletivo, incluindo práticas paradesportivas.

Dentre as instituições atendidas pelo Pontos de Esporte e Lazer estão o Centro de Reabilitação Louis Braille e a RAAEI, de Rondonópolis, a Associação Mato-grossense dos Cegos, Associação dos Surdos de Cuiabá, e a Associação Desportiva de Paranatinga.

No Centro de Reabilitação Louis Braille, por exemplo, são atendidos alunos com deficiência visual e com múltiplas deficiências, que incluem síndrome de down e paralisia cerebral. Por meio do atletismo, a instituição possibilita aos participantes o acesso à prática paradesportiva em Rondonópolis.

Já a Associação Desportiva de Paranatinga (Adesp) promove esporte e inclusão para pessoas com deficiências mental, visual ou física, de todas as faixas etárias. Para a coordenadora da instituição, professora Andressa Carvalho, o Pontos de Esporte e Lazer fez toda a diferença para inclusão de atletas paralímpicos.

“O Governo deu essa oportunidade para todos, não só para quem já é bom no esporte, mas também para quem inicia. A nossa associação não tem outra ajuda a não ser o Governo do Estado e é uma mão que faz toda a diferença”, enfatizou Andressa.

Andressa Carvalho e o aluno Abraão Siqueira, que é atendido pela Adesp
Créditos: Divulgação

A cada nova edição da chamada pública do Pontos de Esporte e Lazer, o Governo de Mato Grosso amplia os valores e a quantidade de organizações beneficiadas com o prêmio. Em 2023, o valor total do investimento é de R$ 2,36 milhões e atende 59 projetos localizados em diversos municípios do Estado.

“Tanto o Pontos de Esportes quanto o Olimpus mostram a importância que o Governo de Mato Grosso dá ao esporte paralímpico e à inclusão de pessoas com deficiência. São importantes políticas públicas que garantem o direito ao esporte e ainda ajudam a revelar campeões do paradesporto no Estado. E vamos trabalhar para avançar e valorizar ainda mais os atletas paralímpicos de Mato Grosso”, concluiu o secretário da Secel. 

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