AL pede fim da greve da Unemat e cria comissão para discutir melhorias

Redação PH

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AL pede fim da greve da Unemat e cria comissão para discutir melhorias

A Assembleia Legislativa deve criar uma Comissão Especial para discutir juntamente com professores e alunos, melhorias para a Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat). Nesta terça-feira (9), três deputados estaduais se reuniram com representantes dos professores de Sinop, que estão em greve há uma semana juntamente com oito dos 13 campi do Estado.

O presidente do Poder Legislativo, Guilherme Maluf, o líder do governo na Casa de Leis, Wilson Santos, ambos do PSDB, e Dilmar Dal Bosco (DEM), pediram aos grevistas que possam dar um voto de confiança ao governo Pedro Taques (PDT), que tem apenas 150 dias de gestão. Também se colocaram à disposição para serem interlocutores junto ao Poder Executivo, e propuseram a ampliação da discussão sobre a instituição na Assembleia Legislativa.

“Há falta de transparência nos gastos da Unemat, como representante da sociedade, vou defender isso e discutir mecanismos para alcançarmos essa maior divulgação dos atos da instituição. Vamos também debater sobre a escolha do reitor, de como deve ser feita. Defendemos a Unemat em Cuiabá, mas é preciso debater antecipadamente, como estão os recursos”, disse Maluf.

A categoria cobra o pagamento integral do Reajuste Inflacionário referente à Revisão Geral Anual de 6,22%. O Governo do Estado efetuou o pagamento de 3,11% nesse mês e o restante será pago em novembro. Os professores e alunos também reivindicam investimentos como em laboratórios e realização de concurso público. Ainda nesta terça, em Cáceres, será realizada uma assembleia geral entre professores e alunos para discutir a continuidade da greve.

“A pauta da greve se baseia principalmente na autonomia financeira da Unemat, hoje o recurso que chega é suficiente apenas para pagar folha de pagamento e a capacidade de investimento em infraestrutura, novos laboratórios e novos cursos está inviabilizada. A questão salarial também é um dos motivos da greve, houve negociação salarial prévia com governos anteriores e promessa de quatro aumentos de 10% até 2016, mas foi cumprido apenas um. Quando o governo não recompôs integralmente a inflação desse ano, foi a gota d´agua”, afirmou o representante dos professores, João Carlos Sanches.

O professor do curso de Engenharia Civil também cobrou a falta de transparência na gestão da Unemat. “Estamos trabalhando em situação precária, sem transparência e os gatilhos (aumentos) não foram cumpridos, tem defasagem para a pesquisa, extensão, bolsa para os acadêmicos, para novos laboratórios para cursos criados, necessidade de novos concursos. Entendemos o posicionamento do governo, mas também entendemos que não pode ser feito no salário dos trabalhadores, e por isso queremos sair com garantias, fazendo calendário de pagamento desse gatilho”, disse.

Maluf também lembrou que a Assembleia Legislativa procurou a Unemat para fazer parcerias nos estudos elaborados na Casa de Leis e auxílio nos trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que discute os incentivos fiscais, porém, não obteve êxito. “Chamei a reitora aqui e tentamos fazer o convênio com a Unemat, mas não demos conta de fazer por conta de tanta burocracia imposta por eles. A instituição precisa estar integrada ao governo, ao legislativo, a sociedade”, afirmou o presidente.

Representante da comissão dos alunos, Douglas Rodrigues, estudante de Engenharia Elétrica, reconheceu o direito dos professores em fazerem greve e disse que a instituição precisa de melhorias estruturais.

“Vamos fazer uma mobilização estudantil para que seja cumprido o que foi prometido dentro dos planos pedagógicos que não vem sendo realizados pela universidade. O grande prejuízo não é para os professores e sim para a nossa formação. A comissão criada na Assembleia será importante para discutir melhorias para a Unemat”, disse.

Representante da Secretaria de Planejamento, Josiane Andrade participou da reunião, ouviu as demandas e se colocou à disposição dos professores e alunos e também disse que levará as reivindicações ao secretário Marco Marrafon.

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