AL estuda proposta para cura definitiva do alcoolismo na mulher

Redação PH

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AL estuda proposta para cura definitiva do alcoolismo na mulher

Quase 3,5 milhões de pessoas morrem por ano em todo o mundo por conta do consumo de álcool, segundo a Organização Mundial de Saúde. O mais recente alerta feito pela instituição também revela que, no Brasil, essa ingestão é 40% maior do que a média mundial. Esse quadro é agravado pelo II Levantamento Nacional de Álcool e Drogas-2012, realizado pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Segundo ele, na região Centro-Oeste o percentual das mulheres que disseram beber regularmente – uma vez por semana ou mais – subiu 70%. Entre os homens, esse crescimento foi de 27%. Já o índice das mulheres que bebem em “binge” – quando há ingestão de cinco doses para os homens e quatro para as mulheres, em um espaço de duas horas – aumentou 58%. Entre os homens, foi de 48%.

De acordo com a psiquiatra Ana Cecília Marques, presidente da Associação Brasileira de Estudos do Álcool e Outras Drogas, beber em “binge” é extremamente prejudicial, porque o fígado só consegue metabolizar uma dose de álcool a cada hora e meia. “O resto ingerido é etanol puro. Vai para o cérebro e pode causar depressão respiratória e parada cardíaca. O resultado é uma overdose. Como acontece com qualquer outra droga, como a cocaína”, revelou a psiquiatra.

Para reverter esse cenário em Mato Grosso, os órgãos públicos competentes deverão criar o Programa de Amparo e Cuidados à Mulher Alcoólatra. A medida está no Projeto de Lei nº 561/2015 e prevê a oferta de assistências médica, social e psicológica na busca da cura definitiva da prática do alcoolismo. O programa deverá ser oferecido nas Unidades Básicas de Saúde municipais, facilitando as mulheres que desejem participar.

“A preocupação com o alcoolismo também deve ser do Estado. Se essa prática já é problema sério entre os homens, em relação às mulheres tomam uma dimensão ainda mais triste. Inúmeras vezes, as mulheres alcoólatras criam os filhos sem a ajuda dos companheiros e o problema se agrava”, disse Wagner.

Em seu artigo “Alcoolismo em mulheres”, o médico oncologista e um dos pioneiros no tratamento da AIDS no Brasil, Drauzio Varella, disse que a margem de segurança entre a quantidade benéfica de álcool e a que traz prejuízos à saúde das mulheres é estreita e nem sempre fácil de delimitar. Entre os males, ele citou: doenças do fígado e cardiovasculares, câncer de mama, osteoporose, distúrbios psiquiátricos e as consequências psicossociais e para o feto.

O PL 561/2015 entrou em fase de estudos pela Comissão de Saúde, Previdência e Assistência Social no dia 14 de outubro de 2015.

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