AL e Empaer firmam termo de cooperação para reflorestamento de nascentes em MT

Assessoria

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Fablicio Rodrigues/ALMT

AL e Empaer firmam termo de cooperação para reflorestamento de nascentes em MT

O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Max Russi (PSB), se reuniu nessa segunda-feira (30), com a diretoria técnica da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer) para assinar um termo de cooperação entre o Legislativo e a estatal. No encontro, realizado no Colégio de Líderes, foram apresentados dois projetos: um para o Vale do Rio Cuiabá e outro para a região sul do estado. Ao todo serão 25 municípios beneficiados com 600 mil mudas de plantas nativas, frutíferas, além de sementes. Segundo técnicos da Empaer, a empresa produzirá as mudas, os deputados as conduzirão e, na sequência, aos municípios selecionados, técnicos estarão à disposição para orientar sobre os devidos manejo e cultivo.

O presidente do Legislativo avaliou que o projeto tem vários pontos positivos, e um deles é o baixo custo. E informou que graças às economias que a Assembleia Legislativa vem fazendo, vai conseguir viabilizar um aporte de 600 mil reais. Em suma, cada muda sairá por um custo de apenas R$ 1 real.

“O principal ponto é  custo baixo da produção, que será feita pelos reeducandos. Então você acaba trazendo o sistema prisional para dentro do projeto junto com a Empaer. Dá serviço para os presidiários e, consequentemente, consegue fazer uma muda mais barata que vai atender toda a comunidade, principalmente a agricultura familiar do nosso estado. É importante que o preso possa trabalhar, ocupar a cabeça, aprender algo. Sem sombra de dúvida, esse projeto tem um alcance social muito grande”, explicou Max.

Presidente da Empaer de Cuiabá, Renaldo Loffi (o popular Alemão) argumentou que o recurso que a ALMT está liberando é de fundamental importância, tendo em vista que irá ajudar na manutenção da estrutura do viveiro que a empresa sustenta em Várzea Grande, com laboratórios para produção de mudas frutíferas e nativas para recuperação de áreas degradadas. “E no momento em que é passada a informação de tecnologia, de como fazer a recuperação dessas áreas, também fornecemos as mudas para que a população consiga realizar esse plantio”, disse.

Alemão reconheceu que a Assembleia tem sido parceira da agricultura familiar em todos os sentidos. E informou que no momento em que as mudas estiverem prontas, os técnicos vão entrar em contato com as propriedades assistidas para fazer a distribuição das plantas e através disso conscientizar aos agricultores e as secretarias municipais de agricultura de que se pode fazer algo para recuperar aquilo que vem há anos, sendo degradado.

“A necessidade de se fazer essa transferência de informação, de tecnologia e novos conhecimentos aos produtores e à população é que vem ao encontro para que esse projeto aconteça e seja um sucesso. Preservar os mananciais garante aumento de produtividade. Com o déficit hídrico de mil milímetro por dois anos seguidos, se nós não fizermos irrigação principalmente na região do Vale do rio Cuiabá, nós não teremos produção”, explicou Alemão.

Trabalhando há anos na área de fomento e pesquisa, Antonimar Marinho dos Santos reforçou que o projeto nasceu com o intuito de produzir mudas para o reflorestamento de áreas degradadas, mananciais. Garantir ao pequeno produtor mudas frutíferas para que ele possa plantar no fundo do seu quintal ou na sua pequena propriedade para que possa saborear frutas do seu próprio plantio. “É uma iniciativa que valoriza tanto as espécies nativas quanto às florestais e frutíferas”, frisou Antonimar.

Max Russi afirmou que posteriormente, a intenção é ampliar o projeto para outras regiões mato-grossenses. Disse que entende que é uma necessidade premente no momento – na baixada cuiabana, tendo em vista que as nascentes estão praticamente desprotegidas e não têm reflorestamento, fator que tem acarretado a secura dos rios e isso está se agravando ainda mais com diminuição das chuvas nos últimos dois anos.

‘O momento é difícil não só na baixada. Precisamos compreender que quanto mais árvores a gente plantar, mais possibilidade de chuva teremos. E o mais importante disso tudo é que o projeto vai ser desenvolvido pelos reeducados.  Toda a mão de obra de enchimento de sacolas plásticas para o plantio, coleta de sementes, será feita por eles. Vamos capacitar os reeducados num custo praticamente zero. Prepará-los para que quando sair do sistema prisional, saiam capacitados para desenvolver suas atividades em outros viveiros da iniciativa privada”, avalizou o presidente Max ao complementar que “em sete anos de mandato, nunca vi tantas reclamação relacionada aos problemas da falta de água e isso sem dúvida é por conta do impacto da degradação ambiental no nosso país”, finalizou, destacando que recebe em seu gabinete pedidos de associações, de distritos, de cidades e moradores para perfurações de poços artesianos para aliviar o problema da falta de água em suas regiões.   A deputada Janaina Riva (MDB) também esteve na reunião e concedeu total apoio ao projeto.

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