Aids: papa Francisco reconhece “perplexidade” da igreja sobre preservativo

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Aids: papa Francisco reconhece “perplexidade” da igreja sobre preservativo

O papa Francisco reconheceu nesta segunda-feira "uma perplexidade" da igreja católica sobre a questão da utilização do preservativo para lutar contra a aids, estimando que este era "um dos métodos" mas que a África tinha "feridas maiores".

Questionado às vésperas do dia mundial de luta contra a aids sobre a polêmica oposição da igreja ao preservativo, o papa argentino se mostrou descontente e se recusou a responder diretamente.

"A moral da igreja encontra-se diante de uma perplexidade" diante deste problema, reconheceu Francisco diante da imprensa no avião que o levava de volta a Roma após uma viagem pela África, onde a aids continua sendo a principal causa de mortes.

Assim como seus predecessores, o papa não apoiou o uso do preservativo: "é um dos métodos" para evitar a propagação do vírus, mas "as relações sexuais devem ser abertas à vida".

"Não gosto de fazer reflexões sobre questões casuísticas quando as pessoas morrem por falta de água e comida (…) Sua pergunta me parece um pouco fechada, uma questão parcial", disse o papa ao jornalista alemão que o entrevistou.

"O problema é maior", insistiu, enumerando a desnutrição, o trabalho escravo, a falta de água potável, o tráfico de armas.

Durante uma viagem a Camarões e Angola em 2009, o papa Bento XVI foi muito criticado por suas posições contra o uso do preservativo, ao qual a hierarquia da Igreja, muito conservadora na África sobre as questões de moral sexual, continua muito contrária.

Mesmo assim, muitos missionários católicos no continente não proíbem o uso de preservativos nos casos de emergência.

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