O ato de brincar é uma ferramenta muito potente para o desenvolvimento infantil, e as diferentes brincadeiras são uma prática cultural que podem variar conforme a região e os costumes.  

É caracterizada por ser um ato social visto que tem a possibilidade de envolver o outro. E claro, faz parte de um processo biológico por estar relacionada aos sentidos, ao cognitivo e ao emocional.  

Entender a real importância das brincadeiras para o desenvolvimento infantil pode ajudar na criação de um ambiente mais criativo e acolhedor para as crianças, além de influenciar na formação dos adultos que elas serão no futuro. Vamos entender mais? 

Brincadeira é uma linguagem 

De forma simples, a brincadeira é a principal forma de comunicação das crianças. Ou seja, é por meio do brincar que elas formam sua linguagem e criam suas expressões.

É dessa maneira que interagem com o mundo e com o meio em que vivem, além de encontrar formas de dizer aquilo que ainda não sabem verbalizar. 

Brincar é envolvimento 

Para que uma brincadeira faça sentido, a criança precisa estar envolvida com ela. Atualmente existem inúmeros brinquedos capazes de potencializar suas funções durante o ato de brincar. No entanto, não existe um objetivo de aprendizagem nas brincadeiras.  

Sendo assim, apesar da criança aprender brincando, nem sempre um objeto educativo ou jogos pedagógicos são necessários.  

O processo de brincar já é completo em sua forma de envolver a criança com o mundo. Além disso, estar desprendido de resultado é o que desenvolve uma criança sem pressão ou traumas. 

Brincar aproxima e fortalece conexões 

A criança que não sabe verbalizar ou expressar sentimentos pode usar o ato de brincar para isso.  

Segundo a citação de Lawrence Cohen — psicólogo e autor, especializado em brincadeiras infantis — as crianças não sabem dizer que tiveram um dia difícil. O que elas acabam dizendo é “você brinca comigo?” 

O poder de aproximação e conexão das brincadeiras com seus cuidadores pode ajudar a identificar se a criança está passando por alguma questão mais séria.  

Brincar com uma criança ajuda o adulto a entender o que a criança precisa contar, sem que ela precise verbalizar. Ou seja, os conflitos podem ser expressados e até mesmo solucionados durante o processo. 

Como escolher brinquedos que potencializam o cognitivo e as habilidades infantis? 

É importante que os pais façam uma curadoria de brinquedos e escolham de fato aqueles que são feitos para brincar. 

90% a criança, 10% o brinquedo 

Segundo Susan Linn, psicóloga e autora do livro Consumindo Crianças, “os melhores brinquedos são aqueles que são 90% a criança e 10% o brinquedo”. Ou seja, ao oferecer um brinquedo completamente estruturado para uma criança, é preciso saber de antemão: a criança não precisa desse brinquedo. 

Isso significa que para ser caracterizado como brinquedo, o objeto precisa não ser estruturado para que então a criança possa usar sua imaginação. Ou seja, se a imaginação não existe ali, talvez esse brinquedo não seja um brinquedo. Faz sentido? 

A criança deve ser a protagonista e agir ativamente no processo de brincar. Por isso, evitar brinquedos que esperem um comportamento passivo pode ajudar a criança a ampliar sua imaginação. 

Menos sobrecarga no sistema sensorial 

Sabe aqueles brinquedos que piscam, giram, pulam, tem sons e os pais não aguentam mais? Eles não precisam da criança para “nada”. Sendo assim, a criança também não precisa deles.  

Além de tudo, eles sobrecarregam o sistema sensorial e tornam a criança uma refém. Isso quer dizer que, muitas vezes, em vez de interagir e ficar ativa, a criança fica inerte assistindo ou apenas olhando, parecendo que está sob um tipo de hipnose. 

Optar por materiais diferentes do plástico 

As crianças têm bastante acesso ao plástico. Dessa forma, com a intenção de oferecer novas percepções táteis e sensoriais, vale mostrar um novo repertório. Dessa forma, a criatividade e a curiosidade são constantemente treinadas. 

E aí, essas informações sobre a importância das brincadeiras para o desenvolvimento infantil foram interessantes para você? Continue acompanhando nossos artigos sobre o universo das crianças!