Os métodos contraceptivos sempre causaram grande interesse e preocupação na sociedade. Desde o início gerou-se uma preocupação pelo alcance da relação sexual sem causar gravidez indesejada. Por esse motivo, os métodos de concepção foram aprimorados ao longo da história. Após séculos de experiências, o DIU (Dispositivo Intra-Uterino) tornou-se um método contraceptivo bastante eficiente, sendo um contraceptivo reversível e que pode ser utilizado em longo prazo. Sua segurança e eficácia trouxeram grandes resultados para a saúde da população, pois, através da prevenção de gravidez não desejada, também atua na diminuição de aborto, mortalidade infantil e materna.
Atualmente, mesmo com mais acesso a informações, o DIU ainda é pouco conhecido no Brasil. Pela falta de incentivo e informações sobre ele, o seu acesso na saúde pública é dificultado, impossibilitando as mulheres de recorrerem a essa contracepção. Destarte, através de pesquisas, restou-se comprovado que o DIU é um método seguro, indicado tanto para as mulheres que não possuem condições financeiras, bem como as que apenas querem se desvencilhar de outros métodos contraceptivos bastante conhecidos, os quais, necessitam de mais atenção por parte da mulher, por exemplo, em caso da pílula anticoncepcional, o esquecimento ou o fato de tomá-lo em horários distintos, podem elevar demasiadamente os riscos de gravidez, tornando o DIU evidentemente mais cômodo, além de ter sido abordado no presente trabalho alguns tipos de DIU, o hormonal, o de cobre, o de cobre e prata e o mais moderno Kyleena, Mirena. Os benefícios do uso de DIU são visíveis.
Antes da inserção do DIU, o ginecologista ou o médico da família costuma solicitar três avaliações principais: o exame físico, o Papanicolau e a ultrassonografia transvaginal.
O exame físico avalia principalmente a região das genitálias para conferir se não existem alterações menstruais, corrimentos, dores inexplicadas ou outros problemas que mereçam atenção. Já o Papanicolaou investiga as células do colo do útero, a fim de descobrir se há algum tipo de lesão patológica ou cancerígena.
“O ultrassom transvaginal, por fim, avalia as dimensões do útero para ver se não há nenhuma variação anatômica. Ainda que estes dois últimos exames não sejam obrigatórios, é comum que sejam solicitados.
Kyleena e Mirena são dois contraceptivos hormonais reversíveis e de longa duração. O DIU Kyleena é uma nova opção de dispositivo intrauterino hormonal desenvolvido pela Bayer, o mesmo laboratório que fabrica o conhecido DIU Mirena
Diferenças entre tamanho e quantidade de hormônio liberado
Os dois dispositivos intrauterinos diferem, essencialmente, no tamanho e na quantidade de hormônio liberado. No que se refere ao tipo de hormônio, ambos liberam o levonorgestrel (progesterona).
Qual a duração dos DIUs Kyleena e Mirena?
Os DIUs Mirena e Kyleena são uma opção para as mulheres que desejam um efeito contraceptivo de longa duração. Após inserção dentro do útero, tanto o DIU Mirena® quanto o DIU Kyleena® duram 5 anos. Entretanto, podem ser retirados a qualquer momento conforme necessidade ou desejo da usuária.
Quais são as indicações de uso do DIU Hormonal?
* Desejo de contracepção eficaz de longa duração;
* Ciclo menstrual muito intenso ou prolongado;
* Quando as cólicas menstruais são frequentes;
* Mulheres em menopausa, como parte da proteção endometrial na reposição hormonal;
* Como tratamento para endometriose;
* Tratamento de sangramento anormal por miomas ou adenomiose, sem distorção da cavidade, ou por outras causas.
Quais são as vantagens do DIU Hormonal?
* Apresenta um dos menores índices de falhas de todos os contraceptivos;
* Ameniza as menstruações intensas e cólicas associadas;
* Pode ser usado durante a amamentação;
* Redução ou ausência de fluxo menstrual;
* Não precisa lembrar de tomar ou aplicar;
* Prazo de validade de 5 anos;
* Quando retirado, o efeito contraceptivo passa rapidamente e a mulher poderá engravidar em breve;
* Pode ser utilizado para mulheres com alto risco para trombose, diferentemente das pílulas anticoncepcionais combinadas.
O uso de qualquer tipo de DIU requer inserção por profissional devidamente habilitado. Mesmo sendo métodos muito parecidos, cada um tem indicações específicas para cada perfil de paciente. A decisão por qualquer método contraceptivo deve ser orientada e acompanhada por um médico ginecologista. A inserção pode ser com sedação em ambiente hospitalar ou ambulatorial e guiado por ultrassom. Para garantir que o DIU está posicionado corretamente, o médico pode solicitar uma ultrassonografia transvaginal logo após a inserção ou cerca de 30 dias depois. Depois de removido, o efeito contraceptivo passa rapidamente e é possível engravidar tão rápido quanto mulheres que não utilizam anticoncepcional.
Dra. Giovana Fortunato é ginecologista e obstetra, professora no HUJM, especialista em endometriose e infertilidade e integra a equipe multidisciplinar da Eladium.
