Mato Grosso tem 31 tipos de árvores ameaçadas de extinção, incluindo cerejeira, cedro, mogno, jatobá, pau-rosa, ipê-felpudo, itaúba e castanheira, segundo a Lista Nacional de Espécies da Flora Ameaçadas de Extinção, divulgada pelo Ministério do Meio Ambiente. Dessas espécies arbóreas, 13 estão em perigo e 18 são consideradas vulneráveis. Mas esse número pode ser maior, segundo a Secretaria de estado de Meio Ambiente (Sema-MT). Isso porque as outras espécies, como arbustivas, herbáceas, cipós e epífitas não foram identificadas na relação.
Ainda conforme a Sema-MT, essas espécias vão precisar, a partir de agora, de cuidados na autorização de corte em Planos de Exploração Florestal (PEFs) e Planos de Manejo. "Essas práticas eliminam indivíduos e também a variabilidade genética necessária para a adaptação de espécies ao ambiente", declarou a analista ambiental Hélida Bruno Nogueira Borges, da Secretaria de Meio Ambiente.
A analista afirmou ainda que o desmatamento ilegal é ainda pior para essas árvores. "Pode eliminar populações inteiras promovendo a extinção local ou regional de espécies de plantas. Além disso, precisamos discutir a proposição de planos de proteção visando a conservação dessas espécies”, recomendou Hélida Bruno.
Proibições
Conforme portaria publicada no Diário Oficial da União (DOU), as espécies ameaçadas de extinção ficam proibidas de serem coletadas, cortadas, transportadas e armanezadas. O manejo, beneficiamento e comercialização, entre outros usos, também não são permitidos segundo a publicação.
Porém, as restrições não valem para produtos florestais não madereiros – sementes, folhas, frutos -, contanto que não coloquem em risco a sobrevivência e a conservação da espécie. Também devem ser atendidos os Planos de Ação Nacionais para Conservação de Espécies Ameaçadas (PAN), e recomendações e limitações previstas em normas específicas.