O Twitter disse que seus controles internos estão lhe permitindo apagar contas usadas para a "promoção de terrorismo" antes mesmo de pedidos governamentais para encerrá-las.
Os governos europeus e dos Estados Unidos têm pressionado empresas de redes sociais, incluindo Twitter, Facebook e Google, a combater a radicalização online, principalmente por grupos islâmicos violentos.
Combate ao terror nas redes sociais
O Twitter disse que removeu 299.649 contas no 1º semestre de 2017 por "promoção de terrorismo", uma queda de 20% em relação ao semestre anterior, embora a empresa não tenha dado motivos para a queda. Três quartos dessas contas foram suspensas antes da primeira publicação.
Menos de 1% das contas suspensas foram em decorrência de pedidos governamentais, disse a rede social, enquanto 95% foram resultado dos esforços internos da empresa para combater o conteúdo extremista com "ferramentas próprias", uma alta de 74% em relação ao seu último relatório de transparência divulgado semestralmente.
O Twitter define "promoção de terrorismo" como ativamente incitar ou promover violência "associada com organizações internacionalmente reconhecidas como terroristas". Segundo a empresa, foram removidas 935.897 contas entre 1º de agosto de 2015 e 30 de junho de 2017 por promover terrorismo.
A rede social disse que recebeu cerca de 3% a mais de ordens judiciais para remover conteúdo publicado pelos usuários no primeiro semestre deste ano, em comparação com os últimos seis meses de 2016.
Cerca de 90% dos pedidos de remoção vieram da Turquia, Rússia, França e Alemanha. O relatório de transparência ainda mostrou que a Turquia representou 45% de todos os pedidos feitos no mundo.