Moradores das periferias e com renda familiar de até R$ 2,9 mil formam a maioria dos usuários da internet brasileira – de cada 100 internautas, 54 pertencem à chamada classe C. São 48 milhões de pessoas, mais que o número total de usuários de países como Canadá (29,7 milhões) e México (44,1 milhões).
A liderança foi conseguida nos últimos 15 anos, graças ao aumento da renda da população. Isso permitiu maior acesso à tecnologia e, consequentemente, aos diversos serviços e produtos que surgiram nos últimos anos, como os smartphones, que são considerados hoje a principal porta de entrada dos brasileiros na rede mundial de computadores.
Pelas ruas estreitas da favela de Heliópolis, em São Paulo, a maior do pais, é difícil encontrar entre os jovens alguém longe do mundo virtual. Segundo um levantamento do Facebook, nove em cada 10 moradores estão nas redes sociais.
O número atraiu o interesse do site, que montou lá um laboratório para orientar os moradores na hora de usar a plataforma.