O transporte escolar ainda é motivo de preocupação na cidade. O ano letivo, previsto para começar no dia 15 de fevereiro, ainda não aconteceu em algumas unidades, devido a falta de transporte,e as crianças aguardam em casa o resultado do impasse entre a prefeitura e a empresa que presta o serviço no município. Em um primeiro momento, a Cooperativa de Transporte do Mato Grosso (Cootermat) suspendeu o serviço por falta de pagamento, onde, segundo eles, havia mais de R$ 400 mil de débito, referente a dois meses de atraso. O problema foi resolvido, mas os ônibus continuaram sem rodar. Agora o impasse é outro. O contrato entre a Cootermat e a prefeitura está vencido desde janeiro e, para que este seja renovado, a empresa quer um reajuste.
Tanto os diretores e pais de unidades de educação do município, quanto representantes da cooperativa procuraram o presidente da Câmara de Rondonópolis, vereador Rodrigo da Zaeli (PSDB), para que ele ajude a resolver o problema. Moradores da Gleba Rio Vermelho disseram que o problema já aconteceu no ano de 2017 e este precisa, de forma definitiva, ser resolvido. “Nossas crianças estão sendo prejudicadas com o atraso do ano letivo. Ano passado aconteceu e este ano se não está sendo diferente. Os pais me cobram uma solução e eu fico sem ter o que fazer”, disse a diretora da escola Professora Dercy, na Gleba Rio Vermelho.
O assessor jurídico da Cootermat, Vanderlei Silvério Pereira, explicou que a cooperativa está pagando para trabalhar e se continuar desta forma, não há como renovar o contrato. “Há linhas que dão zero de retorno, os colaboradores praticamente pagam para trabalharem. Se for continuar como está não será possível renovarmos o contrato. Oficializamos a secretaria por três vezes sobra o reajuste e não obtivemos resposta. Isso, antes mesmo que o ano letivo começasse, temos o protocolo em todos os documentos”, disse.
O presidente da Casa de Leis, vereador Rodrigo da Zaeli, disse aos cooperados presentes na reunião que se eles continuassem parados o legislativo não teria argumentos para defendê-los junto ao prefeito. “As crianças estão pagando o preço por causa desta queda de braço. É preciso que haja, o mais rápido, um alinhamento entre os prestadores de serviço e o executivo”, defendeu.
REUNIÃO COM O PREFEITO
Em reunião com o prefeito Zé Carlos do Pátio, na manhã desta quarta-feira (21), o vereador Rodrigo da Zaeli colocou a situação ao gestor, que se mostrou preocupado com o problema e aberto a resolvê-lo. “Uma reunião deve acontecer ainda esta semana. O prefeito vai pedir que a cooperativa retome os trabalhos e sou favorável à isso, pois é a forma mais rápida de se resolver o problema”, concluiu.
