O Governo Federal recebeu, nesta quarta-feira (02.03), uma extensa pauta de cobrança por parte dos senadores que avaliaram o Plano Nacional de Logística de Transportes (PNLT) durante audiência na Comissão de Infraestrutura do Senado (CI),
As principais são o apelo por mais transparência dos planos de investimento em logística, com elaboração de relatórios anuais sobre projetos em todos os modais de transporte; a criação de cadastro de obras públicas federais e a ampliação da participação da iniciativa privada no setor. Na oportunidade, o senador Blairo Maggi voltou a defender que as obras concessionadas precisam ser acompanhadas.
“Acredito e defendo que esta é a melhor saída para o Brasil, porém, a forma como estão sendo feitas as concessões, não está certa. Hoje o usuário continua pagando pedágio em alguns trechos, mas, não pode contar com o mínimo de qualidade nas rodovias”, disse Maggi.
Segundo citou, é preocupante a precariedade das rodovias que vão de Guaíra à Sonora (MS), e de Itiquira até Sinop (MT), totalizando um trecho de 1,6 quilômetros concessionados.
“Pelo menos do lado de cá (MT), está uma buraqueira só. Se formos à origem do problema, veremos que as empresas não estão tendo acesso aos financiamentos que lhes foram prometidos lá atrás, pelo BNDES", externou.
A avaliação realizada pela CI e apresentada em relatório, mostrou descontinuidades no PNLT e falta de equilíbrio na matriz de transportes.
Para Maggi, é necessário que haja uma política de concessões. “Eu não gostaria que o Brasil perdesse o entusiasmo pelas concessões, já que ao entregar as obras públicas à iniciativa privada o Governo continua sendo gestor com total autonomia dos órgãos reguladores. Mas, precisamos de regras bem definidas e claras para que todos tenham suas garantias. Não dá para mudar no meio do caminho e deixar as empresas na mão”, finalizou.