Estudantes poderão contar com apoio para garantir aprendizado em MT

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Estudantes poderão contar com apoio para garantir aprendizado em MT

Capacitação de professores, atendimento interdisciplinar, recursos didáticos e a instituição da Semana da Dislexia estão previstos dentro do Plano de Atenção Educacional Especializado (PAE), que deverá ser instituído a partir da aprovação e sanção do Projeto de Lei (PL) 325/2016. Nesta terça-feira (09), mães de pessoas diagnosticadas com Transtorno de Aprendizagem puderam conhecer o projeto para fazer as contribuições, caso haja necessidade, antes de seguir os trâmites na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT).

O PAE atende uma demanda do Núcleo de Auxílio à Dislexia, que buscou a Casa de Leis de Mato Grosso para apresentar a realidade das pessoas diagnosticadas com Transtornos Específicos de Aprendizagem dentro do sistema de ensino. Sem a devida capacitação e aparato técnico, muitos pais e professores não reconhecem as características nos alunos e acabam negligenciando o problema.

Esta foi a realidade de Maria Lucia, 13, que passou por muitas dificuldades para aprender até que fosse diagnosticada. “Mudei três vezes de escola porque não conseguia prestar atenção e depois não me lembrava da matéria e as pessoas achavam que eu não queria aprender. Agora conto com a ajuda da minha mãe para estudar”, relata a jovem que pretende ser zootecnista.

A universidade, aliás, muitas vezes pode se tornar um sonho devido às dificuldades em aprender da forma tradicional de ensino. A psicóloga Carla Simone de Barros Ferreira conta que dedicou muita atenção para que o filho não desistisse dos estudos e, felizmente, contou com o apoio dos educadores. “Eu sempre tive o apoio das escolas por onde meu filho passou e, juntamente com a disposição dele, hoje ele cursa o segundo ano de faculdade”.

Parte das barreiras ainda existentes poderá ser superada caso o PL seja aprovado. Com a implantação do PAE, os professores serão capacitados para reconhecer as características do aluno que possui algum transtorno de aprendizagem e, assim, encaminhá-lo para um local especializado onde o diagnóstico possa ser feito. Além disso, a partir do diagnóstico, o estudante poderá contar com rede de apoio e com a adequação do conteúdo pedagógico, como ampliação do tempo para realização de provas, uso de computadores e de máquinas de calcular, entre outras ferramentas.

O deputado estadual Wilson Santos, autor do projeto, explicou que foi provocado pelas pessoas com transtornos e por suas mães a estudar um meio de garantir o aprendizado, visto que a educação é direito de todos. “Essas pessoas geralmente possuem quoeficiente de inteligência acima da média, mas devido ao problema têm algumas limitações como relação à metodologia de aprendizagem. O que não se pode é excluí-las do processo educacional”.

Paralelamente à elaboração do PAE, a Secretaria de Estado de Educação e Desporto instituiu uma comissão interinstitucional para promover o debate sobre a formulação e implantação do PAE. A comissão conta com representantes do Conselho Estadual de Educação, da ALMT, do Núcleo de Auxílio à Dislexia e da Secretaria

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