Idosa com risco de ter perna amputada aguarda por cirurgia em MT

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Paciente com risco de ter perna amputada aguarda por cirurgia, mesmo após Defensoria garantir o procedimento na Justiça
Foto: Assessoria

Idosa com risco de ter perna amputada aguarda por cirurgia em MT

Maria Faria de Menezes, 67 anos, aguarda por cirurgia de angioplastia periférica e amputação de quatro dedos do pé esquerdo. De acordo com o relato médico, ela corre o risco de ter a perna amputada caso o procedimento não seja realizado até quinta-feira (28).

A aposentada, que veio de Vila Rica (1.272 km de Cuiabá) para realizar o procedimento.

“Sinto dor direto. Só alivia quando tomo remédio. Estou sem esperança. Sinto muita revolta”, relatou Maria.

Segundo a filha da paciente, ela está internada no Pronto-Socorro de Cuiabá desde o dia 16 de janeiro. Quando chegou, a paciente amputaria somente um dedo e agora já são quatro.

“O médico já adiantou que ela pode perder a perna”, afirmou Luzineia Gomes de Moraes, 37 anos, filha de Maria.

Liminar

A Defensoria Pública de Mato Grosso obteve decisão liminar favorável no dia 19 de fevereiro, que determinou que o Governo do Estado de Mato Grosso tinha cinco dias para realizar o procedimento.

Contudo, o prazo não foi cumprido e, de acordo com a defensora pública Shalimar Bencice e Silva, que atua no Núcleo Cível da capital, foi feito um pedido de bloqueio de bens para que o Estado cumpra a decisão judicial.

“São processos urgentes que não deveriam demandar processo judicial. Deveriam ter atendimento imediato”, comentou Shalimar. “O papel da Defensoria é ingressar em juízo para garantir o acesso à saúde o mais rápido possível”, completou.

O caso

Luzineia conta que a mãe teve um corte no quintal de casa e o problema foi se agravando por causa da diabetes.

“A maior preocupação é que ela piore ainda mais”, relatou a filha, angustiada com a situação.

Maria foi atendida num posto de saúde em Vila Rica e chegou a ser internada no hospital municipal, mas o local não faz esse tipo de procedimento, então ela teve que ser transferida para Cuiabá. “Lá não tem estrutura, medicamento etc.”, declarou Luzineia.

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