Enquanto Avril Lavigne se prepara para lançar seu novo álbum no início de 2019, a cantora de 34 anos abre o jogo sobre a doença de Lyme, descoberta em 2014, em entrevista a Billboard. “Sentia dor e fadiga o tempo todo, não conseguia sair da cama. O que tinha de errado comigo?”, relembra.
Um amigo suspeitou que ela tivesse a doença de Lyme e sugeriu uma visita a um especialista na condição.
“Passei dois anos na cama. como se fosse um inseto. Você toma antibióticos para destruí-los. Mas ele é esperto: se transforma num cisto, então você tem que tomar outros antibióticos. Fiquei tanto tempo sem um diagnóstico que já estava ferrada”, diz.
A doença de Lyme é uma infecção bacteriana transmitida por carrapatos. Tem tratamento com uso de antibióticos, mas se não descoberta a tempo, pode evoluir para um quadro de dores crônicas.
“Eu não quis falar sobre a doença para a imprensa porque não queria que se tornasse parte da minha identidade. Fingia ser forte e que minha vida estava maravilhosa”, revela Avril.
Avril só revelou o problema que enfrentava em 2015, durante uma entrevista ao Good Morning America. “Fiquei totalmente vulnerável.
Não quero falar ou relembrar isso. Mas é a minha responsabilidade”, conta. A cantora, então, incluiu infectados pela doença de Lyme no programa de apoio de sua instituição, a Avril Lavigne Foundation.
A cantora relembra um momento que estava com a mãe, deitada na cama, e quase não conseguia respirar. “Eu estava aceitando que ia morrer.
Comecei a rezar. A sensação é que eu estava me afogando. Pedia a Deus para deixar minha cabeça fora d’água”, conta. O momento serviu de inspiração para sua nova música de trabalho, Head Above Water (cabeça fora d’agua).
Apesar de todos os problemas causados pela doença, Avril acredita que o período que passou distante do trabalho acabou fazendo bem a ela.
“Tive tempo para estar presente. Não estava envolvida com discos ou turnês. Foi a minha primeira pausa desde os meus 15 anos. De certa forma, foi uma benção”, conclui.