7 golpes mais comuns ao comprar um carro usado

Picture of R7

R7

Rafa Neddermeyer/ Agência Brasil

7 golpes mais comuns ao comprar um carro usado

Compartilhe:

A compra de um carro envolve alguns segredos mas com a tecnologia e alguns recursos é possível fazer um bom negócio. Além de muita pesquisa e uma boa dose de precaução, a compra do próximo – ou do primeiro carro – pode ser fácil com alguns cuidados. E com a tecnologia, golpes e outros segredos são descobertos de forma desmistificada. Mas quais são esses golpes na venda de um carro com os quais o comprador precisa ficar atento? O R7-Autos Carros buscou um guia fácil com especialistas no assunto.

No Brasil, mais de 13,8 milhões de veículos são comercializados por ano

No Brasil, mais de 13,8 milhões de veículos são comercializados por ano

IA INSURANCE/REPRODUÇÃO

1. Golpe da quilometragem adulterada. Esse é o mais comum porém hoje em dia é fácil de descobrir. Com um laudo cautelar qualquer alteração na programação do veículo o sistema detecta e a inspeção não é aprovada. Algumas marcas também trazem a informação de rodagem em peças como o câmbio. Assim, não basta adulterar o hodômetro pois uma análise de sistema do carro já identifica a fraude.

Laudo cautelar evita problemas e descobre-se o histórico do veículo

Laudo cautelar evita problemas e descobre-se o histórico do veículo

IA INSURANCE/REPRODUÇÃO

2. Carro com passagem por leilão. Antigamente muitos carros podiam ter simplesmente o histórico de leilão apagado em fraudes desse tipo. Muita gente comprava “gato por lebre” e o documento não constava a passagem por leilão. “Essa é a fraude mais comum hoje em dia mas basta fazer um laudo cautelar que a verificação do sistema é infalível e mostra eventuais problemas no histórico do carro. Mas é preciso ter atenção pois o laudo ECV, que é mais simples, não aponta a passagem por leilão. Já o laudo cautelar sempre mostra”, explica André Luís Costa, diretor da Visão Total Vistorias. Segundo o especialista de fato há diferença entre comprar um carro de leilão de financeiras onde não há registro de batida no veículo ou mesmo leilão judicial mas em todos os casos carro com passagem por leilão é desvalorizado no comércio de veículos.

Colisão pode ser estrutural especialmente na traseira, dianteira e nas colunas do veículo

Colisão pode ser estrutural especialmente na traseira, dianteira e nas colunas do veículo

D WELLE/REPRODUÇÃO

3. Carro com histórico de sinistro. Embora seja facil de identificar carros que foram danificados e reparados nem sempre é possível dizer só com uma análise cuidadosa que o carro tem um sinistro. O sinistro ocorre quando há uma ocorrência de problemas como uma batida mais forte no veículo, dado que vai para o histórico das seguradoras e gera o chamado “apontamento” nos laudos cautelares. Costa explica que nem sempre um sinistro significa algo grave. “Há sinistro de média e alta monta mas esse registro no histórico do carro desvaloriza o veículo e por isso o laudo cautelar é indicado. Além disso nesse tipo de laudo é feita a análise estrutural do carro. Em caso de sinais de batidas fortes na dianteira, traseira ou parte estrutural como coluna e longarinas o carro terá essa informação no laudo técnico”, explica Costa.

Mecânico de confiança ainda é boa indicação, dizem especialistas

Mecânico de confiança ainda é boa indicação, dizem especialistas

IA INSURANCE/REPRODUÇÃO

4. Carro com restrições administrativas. Muita gente compra um carro e na hora da transferência descobre que não pode fazer o processo. Isso pode ocorrer por restrição administrativa. Impostos não pagos, processo judicial por inventário ou envolvimento do veículo em alguma ação criminosa podem ser impeditivos. Por isso, antes de iniciar a negociação é preciso fazer o levantamento. A melhor forma é via laudo cautelar ou uma pesquisa nas bases estaduais de secretaria da fazenda.

Análise do carro feita em laudo cautelar

Análise do carro feita em laudo cautelar

VISÃO TOTAL/REPRODUÇÃO

5. Carro com multas. Se por um lado, fazer o laudo cautelar, por outro vale uma atenção especial com as multas. Às vezes o carro não tem multas no momento da negociação e, com o tempo, elas aparecem no histórico do veículo. “Isso ocorreu muito na época da pandemia. Multas emitidas há mais de um ano chegaram ao novo proprietário depois de um tempo. Multas de outros estados, geralmente emitidas nas rodovias federais, podem levar mais tempo para chegar” diz Daniel Almeida, comerciante de veículos.

Exemplo de um laudo cautelar: mais detalhado que o ECV

Exemplo de um laudo cautelar: mais detalhado que o ECV

VISÃO TOTAL/REPRODUÇÃO

Almeida recomenda fazer a pesquisa de multas no detran do estado onde o carro é registrado. Também é válido fazer um acordo por escrito com o vendedor onde a data de entrega do veículo vale como responsabilidade por eventuais multas. O dono anterior até a aquela data e o atual proprietário daquele momento em diante.

Análise estrutural é feita em posto de inspeção

Análise estrutural é feita em posto de inspeção

VISÃO TOTAL/REPRODUÇÃO

6. Golpe do carro batido. Infelizmente muita gente ainda compra carro sem pedir laudo cautelar, sem essa análise estrutural e sem o aval de um mecânico. Carros reparados tem sinais de conserto como repintura, desgaste anormal de peças de acabamento e um estado deteriorado. “O ideal é levar um mecânico sim para avaliar o carro e depois fazer um laudo cautelar para se prevenir”, diz Almeida

Histórico do veículo inclui muitas, restrições e outros problemas

Histórico do veículo inclui muitas, restrições e outros problemas

VISÃO TOTAL/REPRODUÇÃO

7. Golpe do laudo falso. Infelizmente também é comum que o vendedor – mesmo em loja ou concessionária – apresente laudo que é falso. Ao receber esse documento é possível verificar junto a empresa emissora, via número do documento, atestando sua emissão. “Uma dica é que o próprio interessado leve a um local de sua confiança para fazer o laudo, sendo direito dele levar em um estabelecimento de sua confiança”, explica André Luís Costa da Visão Total. “Se a loja não permitir que o cliente leve em local de sua confiança ou exija um documento atualizado é sinal de que há algum problema com aquele veículo”, finaliza Daniel Almeida.

Deixe um comentário

+ Acessados

Veja Também