Zumbis e vampiros contra Charlie Hebdo

Redação PH

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obama diz considerar brasil um líder mundial

Zumbis e vampiros contra Charlie Hebdo

Imagine there’s no countries

It isn’t hard to do

Nothing to kill or die for

And no religion too

John Lennon, Imagine

O islamismo é a religião que mais cresce no mundo. Logo mais vai contar 2 bilhões de adeptos. Maomé, reza a lenda, recebeu do Arcanjo Gabriel, em 610, entre outras determinações, a tarefa de criar a Umma. É o nome da comunidade supranacional: que deve agregar a todos. E sem levar em conta etnia, nacionalidade, sexo, religião. Convertido a Umma, Cassius Clay (banido do cinturão mundia por ter se recusado a morrer no Vietnã) virou Muhamed Ali. E, filho da Umma, susteve novamente o cinturão.

Um bando de salafrários distorce o Islã: se chamam Republicanos, nos EUA, e filhos de Bin Laden, no mundo semítico.

São os carentes que crêem, (acalentando imagens polaroidemente cálidas) em bombar cartunistas como passaporte válido para se encontram Alá, rios de leite e 80 mil virgens no Paraíso.

Já imaginou que porre ter saco para aturar esse Alá editado, ter de encher o bucho de leite –e ainda ter paudurescência, “mojo” e estamina para encarar 80 mil virgens sedentas de um vascularizado em continência?

Isso não é o Islã.

Nos EUA, o filosófo Daniel Dennett tem empregado, nos últimos anos, lances do vampirismo biológico para explicar a religião levada ao extremo.

Alguns bichinhos vampirizam os outros ao osso. Chamam-se em biologia “lancet flukes”.

ODricolium dendrictum,protozoário, invade o cérebro da formiga. Tonta, pela ação do bichinho, ela cai dos galhos para a grama. E esta, devorada pelo gado, vai-lhe intestino adentro. Leva junto o protozoário. Que se reproduz no intestino do gado. Há uns 25 casos como esse, em “n” criaturas diversas (alces,caramujos, etc) registrados pela biologia. É o vampirismo real.

A pobre formiga morreu cumprindo o arbítrio de um protozoário que dela fez um zumbi.

A religião tem feito muita gente matar e morrer por causas que desconhecem. São tecnicamente, noto, zumbis teológicos. Bíblia, Corão, etc, passaram a não passar de meros protozários operados por padres, bispos e emulás com pupilas de cifrão, mãos túmidas, e dedos recurvos que apontam inimigos.

Olha: o tio Freud escreveu uma obra seminal sobre isso:O Futuro da Ilusão.Vê na religião uma mera ilusão (ou como diria H.L. Mencken, a “crença ilógica na ocorrência do improvável”).

Para Freud, “parece mais provável que cada cultura deve ser construída em cima de . .. coerção e renúncia ao instinto…”.

E prossegue: “Certos dogmas, afirmações sobre fatos e condições da realidade externa e interna, que dizem algo que não foi descoberto, e afirmam que se deve dar-lhes credibilidade… Conceitos religiosos são transmitidos em três formas e, assim, reivindicam nossa crença em primeiro lugar porque os nossos antepassados primitivos já acreditavam neles, segundo lugar, porque possuímos provas que foram entregues até nós desde a antiguidade, e em terceiro lugar porque é proibido levantar a questão de sua autenticidade em tudo…

Psicologicamente falando, estas crenças apresentam o fenômeno da realização do desejo. Desejos que são as” realizações dos desejos mais antigos, mais fortes e mais urgentes da humanidade…Entre eles estão a necessidade de agarrar-se a existência do pai, o prolongamento da existência terrena por uma vida futura e da imortalidade da alma humana”.

Freud retoma o tema em“O mal-estar da Civilização”, sua última obra:

"Uma dessas raras exceções se chama meu amigo em suas cartas para mim. Eu tinha enviado o meu pequeno livro que trata da religião como uma ilusão, e ele respondeu que concordava inteiramente com o meu juízo sobre religião, mas que ele lamentava que eu não tivesse devidamente apreciado a verdadeira fonte dos sentimentos religiosos. Isso, diz ele, consiste em um sentimento peculiar, que ele próprio nunca está sem, que se encontra confirmado por muitos outros, e que ele pode supor está presente em milhões de pessoas. É um sentimento que ele gostaria de chamar de uma sensação de ‘eternidade’, um sentimento como algo ilimitado, sem fronteiras – por assim dizer, ‘oceânico’. Esse sentimento, acrescenta é um fato puramente subjetivo, e não um artigo de fé; traz consigo qualquer garantia de imortalidade pessoal, mas é a fonte da energia religiosa, que é encampada pelas várias Igrejas e sistemas religiosos, dirigidas por eles em canais específicos, e sem dúvida também se extingue por eles. Pode alguém, ele pensa , com razão chamar-se religioso com base somente neste sentimento oceânico, mesmo se alguém rejeita toda crença e toda ilusão.

As opiniões expressas pelo amigo que me honra muito, e que ele próprio, uma vez num poema elogiou como a magia da ilusão não me causaram nenhuma dificuldade pequena… De minha própria experiência eu não conseguia me convencer da natureza primária desse sentimento. Mas isso não me dá o direito de negar que ele de fato ocorre em outras pessoas. A única questão é se ele está sendo corretamente interpretado e se deve ser encarado como afons et origode toda necessidade de religião”.

Religiões devem ser taxadas pelo fisco por criarem zumbis. O dízimo deve ser dizimado pelos Fiscais da Receita. Não é intolerância: trata-se de fisco em prol de controle de qualidade

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