A Toyota confirmou nesta quarta-feira (1) a renúncia da norte-americana Julie Hamp, do cargo de gerente e diretora global de comunicação, segundo informações da agência Reuters. Ela foi presa em 18 de junho no Japão por entrar no país com um remédio de venda controlada.
Julie foi a primeira mulher a ter um cargo de direção na sede da empresa japonesa, fato que foi anunciado em março deste ano, em uma tentativa de diminuir a diferença de gêneros no topo da hierarquia da Toyota, dominada por homens.
A executiva se mudou para o Japão em junho e foi presa no aeroporto quando entrava no país com oxicodona, um forte analgésico com venda controlada nos EUA e Japão. Ela segue detida e ainda deve ser indiciada – o prazo limite de sua detenção é 8 de julho.
Segundo as leis japonesas, entrar com o remédio no país exige aprovação prévia. Em nota, a Toyota afirmou, no momento de prisão, que ela não tinha intenção de infringir as regras.
Nesta quarta-feira, a empresa disse que aceitou a renúncia de Julie depois de "considerar a preocupação e a inconveniência que os fatos recentes causaram aos acionistas."
Julie Hamp tinha entrado para a Toyota Norte América em 2012 e mudado para Tóquio em junho. O executivo Shigeru Hayakawa vai exercer as funções de Julie até que um novo diretor seja anunciado.