O governo firmou uma parceria com a Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (Ampa) para a padronização e produção de mais de 800 mil uniformes da rede estadual de educação. As roupas serão confeccionadas por reeducandos do sistema prisional, com matérias primas do Estado e também ficarão mais baratas para os estudantes.
A decisão foi definida nesta quarta-feira (30.10), em uma reunião com o governador Pedro Taques, o vice-governador, Carlos Fávaro, os secretários de Educação, Permínio Filho, o de Justiça e Direitos Humanos, Márcio Dorilêo, diretores da Ampa, Gustavo Piccoli e Décio Tocantins, o comandante adjunto do Corpo de Bombeiros, Sandro Caillava e representante da Fundação Nova Chance.
No dia 30 de novembro, a equipe irá organizar um desfile com a apresentação dos novos modelos, que serão utilizados já no próximo ano letivo.
Conforme o governador Pedro Taques, o projeto faz parte do amplo processo de transformação de Mato Grosso, uma vez que fomentará a economia local, dará emprego para reeducandos, barateará os custos dos uniformes e ainda vai criar uma renda adicional para as escolas.
Atualmente, os uniformes custam, em média R$ 14, que são pagos pelos próprios estudantes, porém com a parceria o preço deverá cair em até 70% do atual valor e custará entre R$ 3 e R$ 4, dependendo do tamanho. O governo irá disponibilizar um par de uniformes por estudante e a renda das vendas será revertida para as instituições de ensino.
“Mato Grosso produz hoje, 59% do algodão do Brasil, nós precisamos ter uma marca do algodão mato-grossense, como o café da Colômbia ou a banana do Equador. Precisamos ter uma marca do nosso produto para que possamos levar isso para o Brasil e para o mundo. A ideia é que possamos usar o algodão de Mato Grosso neste projeto social e distribuir estes uniformes para aqueles que mais precisam”, afirmou o governador.
Novo uniforme
A reunião também serviu para que a equipe definisse detalhes a respeito dos novos modelos e logomarca do uniforme dos 409 mil alunos das 753 escolas da rede, que a partir do próximo ano terá a vestimenta padronizada e contará com o brasão original do Estado como principal símbolo.
Segundo o secretário Permínio, o projeto está bem consolidado e foi pensado para durar pelos próximos 10 anos. “A padronização tem uma série de benefícios, mas o mais significante é o adicional de segurança que ela trará, uma vez que facilitará o controle dos alunos nas escolas e em espaços públicos. Além deste componente social, que subsidia estes uniformes, você dará mais dignidade aos alunos, que em sua grande maioria são estudantes carentes, que precisam do apoio do Estado”.
O projeto também dará uma nova oportunidade para os reeducandos do sistema prisional de Mato Grosso. O secretário da Sejudh, Márcio Dorilêo, ressaltou que já existem experiências bem sucedidas semelhantes no Estado, como um projeto de Alto Araguaia que chegou a ser indicado para um prêmio nacional, pela produção de uniformes da rede municipal por reeducandos.
Dorilêo ressaltou que o Estado conta com diversos projetos de capacitação dentro do sistema prisional e será possível a produção dos uniformes da rede estadual.
