Festival Chapada Original começa na sexta-feira

Redação PH

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Festival Chapada Original começa na sexta-feira

Começa nesta sexta-feira, 11/11, e prossegue até o dia 27, o Festival Chapada Original, que reúne, além de menus gourmets nos restaurantes, terá neste primeiro final de semana, de 11 a 13/11, comida de rua na praça Dom Wunibaldo, no centro da cidade, em frente à igreja Nossa Senhora de Santanna do Sacramento, feira de produtos rurais e uma extensa programação cultural. O evento tem como cenária a encantadora Chapada dos Guimarães, localizada a 67 Km de Cuiabá. Onze empreendimentos de alimentação fora do lar participam, além de uma legião de artistas dos mais diversos matizes, e mais sete pequenos produtores rurais que vão comercializar seus produtos.

Famoso por suas empadas, o Pomodori estará na praça com essas delícias que desmancham na boca e uma versão doce, a "emcucada”, mistura de empada e cuca, que será lançada durante o evento. No restaurante, explica a empresária Flávia Schell, será servido um combo, composto de entrada – camponata de coração de banana sobre crostada de beterraba e couve -, prato principal – parmegiana pantaneiro, feito com filé de pintado, banana da terra, queijo meia cura e pesto de coentro – e sobremesa – verrine com creme de manga, creme pâtissière, compota de manga e uma fatia da fruta grelhada.

O restaurante Atmã também estará na praça neste primeiro final de semana do festival. A proprietária e chef Adriana Costa conta que irá servir risoto de ossobuco com banana da terra – carro chef do restaurante – e petit gateau. "Achei interessante ter a opção também na praça, é uma oportunidade para o morador de Chapada experimentar nossos pratos. Vai ser muito bom mostrar o que fazemos para um público que não conhece o Atmã, que não vai porque é um pouquinho longe do centro e, às vezes, a pessoa não tem carro, ou mesmo, por julgar inacessível do ponto de vista financeiro”, avalia com sua costumeira delicadeza. Na praça, o prato principal vai custar R$ 15,00 e a sobremesa R$ 12,00.

Já no restaurante, os pratos especiais são insalata primavera, uma salada de folhas, berinjela, rabanete, mussarela de búfalo, e bolinho de batata doce. O prato principal, trouxinha de lombo recheada com tâmaras ao molho especial, acompanha risoto de queijo brie com crispin de jamom. E a sobremesa, chamada delícias sicilianas (nome foi dado por Antônio Chechin, marido de Adriana e que nomeia todos os pratos da casa), é composta por creme de limão siciliano servido no copinho de chocolate e decorado por rosas comestíveis.

Adriana conta que ao pensar nos pratos considerou muito a valorização de produtos da região. "Como em Campo Verde, aqui perto, tem uma produção de suínos importante, resolvi lançar mão dessa carne. Lembrei da minha infância em Minas Gerais onde o suíno é muito presente nas mesas das famílias. Recordei de um prato que minha mãe fazia em que ela abria uma peça de lombo recheava com carne moída, costurava e cozinhava. Era muito bom. Liguei para ela, perguntei como fazia e criei a minha versão”, detalha.

Dentro da proposta de unir arte e gastronomia, um dos estandes montados na praça será o Segredos do Cerrado, uma aposta da Cia D’Artes, produtora de teatro e cinema de Amauri Tangará que surpreende este ano, no setor da gastronomia. Mas, engana-se quem pensa que o cineasta pretende abrir um restaurante. Na verdade aproveita a passagem pela cidade de seu amigo e compadre, o chef Ademir Gudrin, para apresentar alguns de seus pratos premiados. Os dois são amigos de longa data, dos tempos ainda em Tangará da Serra, quando viveram aventuras em expedições teatrais com espetáculos diversos, sendo o mais conhecido deles "O Preço”.

Ademir viveu em Mato Grosso por cerca de 20 anos, é historiador e indigenista e trabalhou em diversos projetos indígenas. Depois radicou-se em Brasília, onde montou o restaurante Panelinha Brasileira, premiado pela revista Veja (2012), como a melhor comida brasileira do Distrito Federal na edição 2012.

Vai apresentar no Festival, a "paella do Cerrado”, prato criado para o lançamento da Vejinha Cultural do Distrito Federal. Alguns dos ingredientes são costelinha e lombo suínos, linguicinha apimentada, frango em ervas do Cerrado, banana-da-terra frita, quiabo, gueiroba e jiló.

Participam ainda do festival, o Café da Praça, Cantinho da Tapioca, Piracicabas, Restaurante Baguá, Pousada Chateau de Camalote, Garoa Restaurante e Morro dos Ventos.

Organizado pelo Sebrae, com apoio do Conselho Municipal de Cultura (CMC) e Coletivo Cultural, tendo como parceiros Senac, Acrismat, Amad, Grupo Bom Futuro e prefeitura municipal, o festival gastronômico Chapada Original, traz a vertente da economia criativa como forma de fortalecer o turismo local.

Constam da programação: oficina de fotografia, com Rama Chandra; de cinema, com Amauri Tangará; Bordadeiras de Chapada dos Guimarães; show musical com Chapada em Concerto, sob direção de Leonardo Boabaid; banda Alzeimer, com Vitor Galesso; dança tribal, com Carolina Amaral, Cris Chaves; apresentação do Grupo Siriri Flor da Cambembe, do Distrito Água Fria; Orquestra Ciranda de João Carro e Água Fria; mostra de artesanato das mulheres do CRAS; exposição de design com Dani Tamara, Kino e Marine; exposição de artes no Espaço Rede de Artes e Espaço Sedas da Pérsia; poesia com Fernanda Marimom; apresentação artística com Micheli Sierra; Trio Piratyni; oficina com Miguel Penha, Cinearte com APPA, oficinas Boneco de Osso; de musicalização, com Graziele Louzada; exposição Espaço Confluência.

Também será contemplado o Circuito Pipoca – arte no bairro com atividades culturais em quatro bairros de Chapada dos Guimarães – Sol Nascente, Aldeia Velha, Nova Chapada e São Sebastião -como forma de descentralizar as atividades e democratizar o acesso da população ao Festival Gastronômico.

São mais de 50 atividades, que começaram no início do mês de novembro e se estendem até o final. Com curadoria da produtora cultural Magna Domingos, foram pensadas visando movimentar a cena local, valorizar os artistas e produtores locais, divulgar os espaços, estimular o trabalho de cooperação e atividades colaborativas entre os artistas locais.

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