Estudo aponta que manter pressão mais baixa pode salvar vidas

Redação PH

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Estudo aponta que manter pressão mais baixa pode salvar vidas

Tentar manter uma pressão sanguínea mais baixa do que normalmente visado pelos tratamentos pode salvar vidas, diz um novo e importante estudo que poderia estimular os médicos a tratar mais agressivamente pacientes com mais de 50 anos.

Os pacientes que mantiveram sua pressão arterial bem abaixo do nível recomendado atualmente reduziram significativamente o risco de doença cardíaca e morte, segundo pesquisa dos Institutos Nacionais de Saúde (NIH, na sigla em ingês) dos EUA divulgado nesta sexta-feira (11). O benefício encontrado foi forte o suficiente para que os NIH parassem o estudo um ano mais cedo do que o previsto.

"Este estudo fornece informações que podem salvar vidas", declarou Gary Gibbons, diretor do Instituto de Coração, Pulmão e Sangue. Os médicos têm debatido há muito tempo o quão baixa a pressão de seus pacientes deve estar, especialmente quando envelhecem.

Os resultados apresentados nesta sexta são preliminares, e os pesquisadores enfatizaram que os médicos não devem alterar a assistência ao paciente já. Mas se os resultados completos corroborarem o que se verificou até agora, eles podem influenciar as diretrizes de tratamento.

"Esse estudo certamente indica que menor é melhor", disse Mark Creager, presidente da American Heart Association, que não esteve envolvido com a pesquisa. Ele chamou a investigação de um possível caminho para estratégias de tratamento "que vai economizar uma quantidade significativa de vidas."

Cerca de 1 em 3 adultos nos EUA têm pressão arterial alta, aumentando o risco de ataques cardíacos, acidente vascular cerebral, insuficiência renal e outros problemas de saúde.

Pressão normal

A pressão arterial considerada normal é inferior a uma medição de pressão de 120 por 80. A pressão alta é diagnosticada uma vez que a medição atinge ou passa de 140 por 90.

As diretrizes de tratamento atuais são variáveis, mas geralmente tentam manter o número superior – chamado de pressão sistólica – em até cerca de 140 em adultos saudáveis e 130 em pacientes que também têm doença renal ou diabetes.

O instituto patrocinou um estudo de âmbito nacional para testar se essa é a melhor meta, ou se buscar pressão inferior inferior iria ajudar ou prejudicar. A partir de 2010, mais de 9.300 pacientes hipertensos foram inscritos no estudo. Metade recebeu uma média de cerca de dois medicamentos com o objetivo de manter sua pressão sistólica abaixo de 140. A outra metade recebeu uma média de três medicamentos com o objetivo de ficar abaixo de 120.

Os pacientes tratados de forma mais agressiva viram seu risco de morte cair quase 25% em comparação com os pacientes menos controlados, disseram os pesquisadores. E as taxas de problemas cardiovasculares caíram quase 30% no grupo mais controlado.

Os pesquisadores não deram números precisos ou informações sobre os efeitos colaterais, dados que são esperados quando o estudo completo estiver publicado em uma revista científica, no final do ano.

Uma questão em aberto é se os pacientes mais velhos precisariam manter sua pressão arterial tão baixa quanto os pacientes de meia idade, ou se isso aumentaria o risco de efeitos colaterais, incluindo quedas.

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