“Desaparecida” e amante serão indiciados por falsa comunicação de sequestro em MT

Redação PH

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“Desaparecida” e amante serão indiciados por falsa comunicação de sequestro em MT
Foto: Reprodução

“Desaparecida” e amante serão indiciados por falsa comunicação de sequestro em MT

Uma mulher e um homem, que seriam amantes, foram autuados pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), nesta segunda (22), por “falsa comunicação de sequestro”.

As investigações apontaram que ambos são amantes e montaram versão fictícia de um sequestro que teria ocorrido no município de Várzea Grande.

O caso

Familiares de A. F.C.. 28 anos, notificaram seu desaparecimento na quinta-feira (18) relatando que a última vez que havia sido vista foi na noite de quarta-feira (17).

Ela teria afirmado para o marido que iria ao shopping de Várzea Grande para participar de um curso na área de estética e beleza.

Desde a comunicação do fato, a Polícia Civil empreendeu diligências com a objetivo de localizar a mulher.

Parentes da jovem chegaram a receber telefonema no dia seguinte ao desaparecimento, onde um homem se identificou como sequestrador.

Ele teria passado instruções para que a polícia não fosse comunicada de nada, caso contrário Alline morreria.

Durante todo o final de semana, a GCCO efetuou diversos deslocamentos e oitivas buscando a localização da jovem supostamente sequestrada.

A Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) efetuou trabalho pericial no carro da mulher (um Ford Fiesta), encontrado abandonado próximo a Avenida Fernando Correa, na Capital.

Na noite de domingo (21), a moça apareceu em via pública de Várzea Grande, e pediu acionamento da Polícia Militar.

Ela relatou ter sido rendida por três criminosos armados que a obrigaram a seguir com eles em outro automóvel.

A mulher afirmou ter sido mantida trancada no quarto de uma residência durante quatro dias.

Segundo relato da mulher, os supostos criminosos a teriam abandonado apenas no domingo, na Rodovia dos Imigrantes.

No entanto, testemunhas afirmaram tê-la visto com aparência tranquila e tomando cerveja em uma lanchonete, em horário posterior ao desaparecimento/suposto sequestro, acompanhada de um homem.

Confissão

Em depoimento na delegacia, a mulher confessou que estava durante os quatro dias em companhia de M.S.A., que conheceu por uma rede social há aproximadamente um mês.

Declarou que na noite de quarta-feira (17) teria ingerido muita bebida alcoólica, fazendo com que perdesse o horário de voltar para casa, de modo a não levantar suspeitas do marido.

No dia seguinte aos fatos, ela declarou ter tido a ideia de montar um falso sequestro para justificar sua ausência.

A mulher  (que é casada e mãe de duas crianças) e  homem foram, em seguida, para uma propriedade rural em Mimoso, onde permaneceram até a tarde de sábado (20).

Ela admitiu que comprou um chip para que fosse feito contato com a família se passando por sequestrador.

A ligação foi efetuada por Marcelo.

A mulher, além disso, também detalhou que rasgou a própria roupa antes de pedir a terceiro para que acionasse a Polícia Militar no domingo (21).

De acordo com o delegado titular da GCCO, Diogo Santana, tanto a mulher quanto seu amante (que nesse momento passa por interrogatório na unidade policial) vão responder criminalmente por falsa comunicação de crime.

“Ambos serão indiciados em razão da gravidade de se mobilizar as forças de Segurança Pública (Polícia Militar, Politec e Polícia Civil), com uma narrativa absolutamente falsa e irresponsável”.

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