CPI do Futebol vai investigar repasse de verbas às federações e quebra sigilos

Redação PH

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CPI do Futebol vai investigar repasse de verbas às federações e quebra sigilos

A Comissão Parlamentar de Inquérito do Futebol vai investigar os repasses de verbas feitas pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), para as federações nos estados e também os recursos repassados pelo Ministério dos Esportes para as confederações e federações de esportes olímpicos e amadores. Os requerimentos solicitando a movimentação financeira e de bens e serviços estimáveis em dinheiro da entidade e do ministério foram apresentados pelo senador Wellington Fagundes (PR-MT).

Na CPI do Futebol, o republicado tem trabalhado na linha de colocar fim à chamada ‘perpetuação’ de dirigentes nas entidades esportivas. Segundo ele, a falta de oxigenação nas entidades – onde presidentes e diretores chegam a ficar por mais de duas, três décadas – fazem parte de um esquema de enriquecimento ilícito. Inclusive, com a possibilidade de uso de dinheiro público em forma de repasses ou patrocínios.

“Estou certo de que, seguindo nessa linha, vamos encontrar indícios poderosos nessas investigações e que darão base para que seja apresentado um projeto para acabar com a perpetuação dessas pessoas no poder” – disse.

Na próxima semana, a CPI deverá apreciar os pedidos de Wellington e do senador Hélio José (PSB-DF) para que o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF) encaminhe dados existentes sobre pagamentos feitos e recebidos – do Brasil e do exterior e vice-versa – pelas empresas Internacional Sports Events (ISE), Uptrend DFevelopment, Plausus e Kentaro, sobretudo em relação a CBF e seus parceiros. O Banco Central também deverá informar sobre as transferências feitas e recebidas nos últimos anos de empresas nacionais e internacionais à CBF.

Além desses dois requerimentos, Wellington Fagundes ajudou a aprovar nesta quinta-feira (20), a quebra dos sigilos bancário e fiscal do presidente da CBF), Marco Polo Del Nero, do dia 12 de março de 2013 em diante. A iniciativa partiu do próprio presidente da comissão, senador Romário (PSB-RJ).

A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) deverá indicar um funcionário que auxiliará os senadores em trabalhos técnicos e investigativos. Na busca de mais informações, foram solicitadas à Junta Comercial do Rio de Janeiro as cópias de todos os contratos da CBF ali registrados. A CPI também convidou para depor o presidente do Vasco, Eurico Miranda; a procuradora-geral dos EUA, Loretta Lynch, e o jornalista inglês Andrew Jennings.

A CPI decidiu ainda criar um grupo de trabalho, formado por três senadores, que irá aos Estados Unidos colher o depoimento de Charles Blazer. O ex-dirigente da Confederação de Futebol da América do Norte, Central e Caribe (Concacaf) está preso naquele país, sendo considerado pelo FBI (a Polícia Federal dos EUA) um dos mentores dos esquemas de corrupção em torno da Federação Internacional de Futebol (Fifa).

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