Bebê tem 3 paradas cardíacas e pais não conseguem transferência em MT

Redação PH

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Bebê tem 3 paradas cardíacas e pais não conseguem transferência em MT

Uma bebê, diagnosticada com cardiomiopatia – uma doença que leva a uma malformação no coração, e que precisa com urgência de transferência e tratamento, está internada há uma semana no Hospital Regional de Sinop, a 503 km de Cuiabá. Os pais de Ângela Louisy Guimarães dos Santos, de 5 meses, conseguiram liminares na Justiça e mesmo assim o pedido ainda não foi atendido pelo governo. A família não tem condições de bancar uma transferência ou tratamento.

Desde que está internada, na última segunda-feira (20), a menina sofreu três paradas cardíacas. A Secretaria Municipal de Saúde de Sinop disse à TV Centro América que a menina foi atendida inicialmente em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Depois, a criança foi encaminhada ao Hospital Regional. A secretaria informou que o tratamento indicado pelos médicos é de responsabilidade do governo estadual. A Secretaria Estadual de Saúde (SES) disse que está tomando todas as medidas necessárias para providenciar a transferência.

“Eu percebia que a respiração dela era ofegante. Eu me preocupava e sempre levava em pediatras. Eles falavam que era normal e que não precisava comparar com outros filhos, que tava tudo bem”, lembrou a mãe da menina, Analécia Guimarães. Segundo a família, a criança tem uma inflamação e dilatação no coração.

Ângela continua internada no Hospital Regional de Sinop e o estado de saúde dela é considerado estável. Os exames necessários e o tratamento não são realizados em Sinop e nem em Mato Grosso. Por isso, é preciso uma outra transferência. A demora tem preocupado a família.

“Ela precisa urgentemente, a médica foi enfática no laudo: ela precisa ser transferida para um centro de referência para ter a consulta e os exames, para ser mais detalhado. No caso dela temos que descobrir a causa e fazer um tratamento ou cirurgia, ou até um transplante de coração, que a gente não sabe se vai ser necessário”, explicou o pai da bebê, Jackson Kennedy Pereira dos Santos.

A família procurou a defensoria pública, que entrou na justiça e conseguiu duas liminares favoráveis: uma exigindo a transferência imediata e outra pedindo explicações pela demora na resposta do caso. A liminar foi concedida pelo juiz Cleber Luis Zeferino de Paula, do Juizado da Infância e da Juventude.

“[A menina] apresenta-se clinicamente instável com importante risco de morte, razão pela qual necessita com urgência de remoção através [Unidade de Terapia Intensiva] UTI aérea para serviço de terapia intensiva. A família alega não possuir condições financeiras e a criança precisa de transferência para uma terapia intensiva pediátrica com suporte de cardiologia pediátrica”, pontuou o juiz.

A justiça determinou que o tratamento seja providenciado, tanto pelo município quanto pelo governo, sob pena de bloqueio judicial.

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