AVC: Especialista explica o porquê de ele ter se tornado um problema de saúde pública

Redação PH

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AVC: Especialista explica o porquê de ele ter se tornado um problema de saúde pública

Existem dois tipos de acidentes vasculares cerebrais: os hemorrágicos, aqueles que sangram, e os isquêmicos, aqueles que obstruem a passagem do sangue nos vasos sanguíneos. Os isquêmicos são muito mais frequentes e se tornaram um problema de saúde pública, porque não são fatais, podem deixar sequelas e acabam por exigir cuidados especiais por toda a vida.

Nesse fim de ano, sobretudo os idosos devem evitar os cofatores mais importantes dos AVCIs: os excessos de bebida, de cigarro, de comida e de inatividade. Essa faixa etária, ou seja, pessoas acima de 60 anos, tem que se conscientizar da importância da atividade física, de praticar esportes, de não comer em demasia e de não beber demais. E, se não for possível evitar o fumo, pelo menos fumar o mínimo possível.

A saúde está relacionada a um estilo de vida. Atualmente, os AVCIs têm se tornado cada vez mais frequentes na população mundial, deixando como sequela paralisa nos braços, nas pernas, na visão e na cognição, e fazendo com que essas pessoas passem os últimos anos de suas vidas sem alegria de viver, dependentes dos seus filhos ou cuidadores. É fundamental para o nosso país que a população seja conscientizada sobre esse mal, um dos três mais frequentes que se constituem em uma emergência de saúde pública no Brasil.

Escrevo isso com autoridade, pois trabalho com reabilitação há mais de 30 anos e sou vítima de nada mais, nada menos, do que oito acidentes vasculares cerebrais.

* Beny Schmidt é chefe e fundador do Laboratório de Patologia Neuromuscular e professor adjunto de Patologia Cirúrgica da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Ele e sua equipe são responsáveis pelo maior acervo de doenças musculares do mundo, com mais de doze mil biópsias realizadas, e ajudou a localizar, dentro da célula muscular, a proteína indispensável para o bom funcionamento do músculo esquelético – a distrofina.

Beny Schmidt possui larga experiência na área de medicina esportiva, na qual já realizou consultorias para a liberação de jogadores no futebol profissional e atletas olímpicos. Foi um dos criadores do primeiro Centro Científico Esportivo do Brasil, atual Reffis, do São Paulo Futebol Clube, e do CECAP (Centro Esportivo Clube Atlético Paulistano).

Foi homenageado pela Câmara Municipal de São Paulo com a entrega da Medalha Anchieta e do Diploma de Gratidão da Cidade de São Paulo, como agradecimento por todos os seus feitos em prol da saúde. Seu pai, Benjamin José Schmidt, foi o responsável por introduzir no Brasil o teste do pezinho.

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