A preocupação cada vez maior da sociedade pela sustentabilidade pode ter mais uma resposta, desta vez em forma de lei. O líder do governo da Assembleia Legislativa, deputado Wilson Santos, quer que as novas construções de prédios, centros comerciais e condomínios residenciais fiquem obrigados a instalar sistemas de captação, armazenamento e utilização de energia solar e de água de chuva.
A meta é que a energia e a água economizadas sejam consumidas nas edificações localizadas no estado de Mato Grosso. “Queremos assegurar a participação dos empreendimentos imobiliários com a sociedade civil e garantir a oferta de água para as atuais e futuras gerações, com a instalação de sistemas de captação de energia solar e o reúso de água de chuva”, justificou Santos.
No entendimento de Santos, com a crise energética é necessário implementar mecanismos alternativos que possam garantir o abastecimento de água nas cidades, a fim de evitar o colapso do sistema hídrico e os apagões que já ameaçam algumas regiões do Brasil, principalmente a região Sudeste. Segundo ele, uma das soluções que vêm sendo implementadas pelos países desenvolvidos é o aproveitamento dos efeitos da radiação solar que pode ser convertida em energia elétrica por meio de painéis ou módulos fotovoltaicos e, ainda, a instalação de sistema de captação e reutilização da água de chuva para fins não potáveis.
Um dos objetivos é diversificar as fontes de energia renovável e, com isso, buscar o desenvolvimento em harmonia com o meio ambiente. “Para tanto, nas construções de novas edificações, propomos a obrigatoriedade de instalação de sistemas de captação de energia solar, seja por coletores ou por meio de painéis solares, para aproveitamento dessa energia para o aquecimento de água, inclusive a reutilização de águas pluviais, reduzindo o volume escoado das águas das chuvas, estimulando o reúso direto dessas águas, tendo em vista o uso racional dos recursos hídricos”, explicou.
Outro aspecto é o econômico. Santos lembra que a implantação de dispositivos para a captação de energia e de água da chuva nessa construção proporcionará economia de água e protegerá o meio ambiente. “Acreditamos que a crescente demanda por energia renovável e de água por parte da população despertará a consciência de seu uso racional, transformando assim este dispositivo em componente obrigatório num futuro bem próximo”, ratificou Wilson.
