Volkswagen resolve falta de peças na Europa, mas segue parada no Brasil

Redação PH

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Volkswagen resolve falta de peças na Europa, mas segue parada no Brasil

A Volkswagen e dois de seus fornecedores de peças encerraram na Europa uma disputa contratual, mas o problema persiste no Brasil, onde a montadora está com a produção paralisada em 3 fábricas e decidiu rescindir os contratos com o mesmo grupo que deu problema nas unidades europeias.
Nesta quarta-feira (24), a montadora obteve uma liminar para tirar seu maquinário que está em comodato com uma empresa do Grupo Prevent para fabricação das peças. No entanto, a empresa não confirmou se fará uma ação para a retirada ainda hoje.
A Volkswagen afirma que os problemas de falta de peças feitas por empresas do grupo (entre elas Keiper, Fameq, Cavelagni e Mardel) começaram em março de 2015. Desde então, a Volkswagen diz que deixou de produzir 130 mil veículos em 140 dias de paralisações.
As negociações levaram a 11 acordos até agora, mas nenhum deles foi cumprido pelo grupo, de acordo com a Volkswagen. Sem peças, a maioria de seus 18 mil funcionários no Brasil está em férias coletivas.
"A ausência desses ferramentais coloca em risco toda a cadeia de fornecimento e a rede de concessionárias, que totalizam mais de 100 mil trabalhadores", afirmou a empresa em nota.
A Volkswagem diz que a Prevent "reiteradamente faz solicitações de aumento de preços" e de "pagamento injustificado de valores (sem respaldo contratual ou econômico)". Por isto, a montadora decidiu rescindir os contratos e entrar na Justiça para retirar o maquinário de sua propriedade das instalações do grupo.
A Keiper, que faz parte do Grupo Prevent, havia conseguido na última sexta-feira (19) suspender a ordem judicial que permitia a retirada das ferramentas de suas fábricas, mas uma liminar derrubou a decisão, afirmou a Volkswagen nesta quarta-feira.
Outro lado
De acordo com a Keiper, que destina 85% da produção de bancos à Volkswagen, a rescisão dos contratos foi feita de forma unilateral e pode acabar com sua operação, o que deixará cerca de 1,2 mil funcionários na rua. A empresa diz que busca uma solução "amigável".
A fabricante de bancos também afirmou que as paradas ocorridas na produção foram precedidas de comunicados de aviso e alertas, previstas nos contratos, e disse que a Volkswagen deveria honrar com a compra das quantidades mínima de peças.
Em junho, a Keiper afirmou que não tinha "nenhuma intenção contrária a não ser ver seu pleito atendido de forma a equilibrar seus custos de produção, os quais têm sido corroídos pela inflação, refletindo diretamente no seu fluxo de caixa".

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