Os cerca de 2 mil metalúrgicos que trabalham no turno da noite resolveram aderir à greve na unidade da Volkswagen em São Bernardo do Campo, na região do ABC. O movimento começou com os trabalhadores que atuam durante o dia na fábrica, após o comunicado oficial de 800 demissões.
Agora, com a adesão, são 13 mil funcionários em greve. O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC quer uma nova negociação e acusa a Volkswagen de quebrar o acordo coletivo que prevê estabilidade até 2016.
Os trabalhadores aprovaram a greve em uma assembleia realizada na noite de ontem. Eles estão na fábrica, mas permanecem o dia todo com os braços cruzados, sem trabalhar, e afirmam que só retomarão as atividades depois que as demissões forem revertidas.
Em nota, a Volkswagen informou que as demissões se devem ao cenário de retração da indústria automobilística no país e ao aumento da concorrência, que impactaram nos resultados. Segundo a montadora, de janeiro a dezembro de 2014 a indústria automotiva brasileira teve queda aproximada de 7% nas vendas e de mais de 40% nas exportações, comparado com o ano de 2013, resultando numa retração de 15% na produção.
