Você sabia os riscos de usar capacete compartilhado?

Você sabia os riscos de usar capacete compartilhado?
Valter Campanato/Agência Brasil

Você sabia os riscos de usar capacete compartilhado?

Recentemente vimos na mídia de Cuiabá, um caso de uma menina que ao compartilhar a bomba de tereré com amigos e conhecidos pegou uma bactéria na boca que se espalhou pelo corpo a levando quase a um quadro de infecção generalizada.

Como profissional da saúde resolvi fazer um alerta então sobre o capacete, um item de segurança que é obrigatório, porém não deve ser compartilhado, visto que pode se transformar em uma incubadora de fungos, bactérias e ácaros se não for higienizado adequadamente.

Ainda mais em Cuiabá e Várzea Grande onde o calor é intenso e muitas pessoas se utilizam do moto-táxi ou ainda de capacetes de amigos ou conhecidos.

No caso do moto-táxi vimos que alguns oferecem touca para o passageiro, porém é a mesma touca usada por todos os passageiros e o certo seria ter um para cada passageiro, visto que pode causar a contaminação do couro cabeludo. Doenças como micoses e piolho podem ser transmitidas por que os agentes causadores podem ficar alojados no capacete.

 Além disso,  não se oferece máscara, então o passageiro atual tem contato direto com o capacete que foi usada por outra pessoa e como ele  é um ambiente escuro e úmido é chamariz para concentração destes microrganismos, que podem provocar problemas respiratórios e irritação nos olhos e nas mucosas do nariz e da boca. Em casos extremos, até gerar microtoxinas que podem causar câncer nas vias aéreas (como nariz e garganta).

Sabemos que Mato Grosso tem muitos casos de tuberculose e meningite  e essas doenças também pode ser passada por um capacete compartilhado de alguém que usou antes de você e está infectado, visto que os vírus  podem permanecer vivos por períodos que variam de 30 minutos até 48 horas nesses acessórios.

A dica mesmo é que o capacete seja dos que tem forro removível para ser lavado ou ainda utilizar álcool 70 que é usado por profissionais de saúde para a higienização.

Mas o ideal é ver o capacete como ‘uma roupa íntima’ que você não empresta a ninguém, somente para seu uso, mesmo assim deve ser higienizado para evitar doenças oportunistas.

Márcia Maria Rino é proprietária da Estética e Corpo, acupunturista clínica, masoterapeuta com pós-dermato-funcional.

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