Urologista explica como incontinência urinária afeta qualidade de vida dos pacientes

Dr. Newton Tafuri - Urologista - Foto Sandra Carvalho

Urologista explica como incontinência urinária afeta qualidade de vida dos pacientes

A incontinência urinária ocasiona impactos em diversas esferas da qualidade de vida. Neste mês de março, período de conscientização para o problema de saúde, o presidente da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) – em Mato Grosso – Newton Tafuri, destaca este problema que afeta homens e mulheres e tem cura.

De acordo com dados da SBU, a incontinência urinária pode atingir 60% das pessoas acima de 65 anos. As mulheres são mais propensas, principalmente após a menopausa, mas os homens com idade avançada, com crescimento de próstata, também podem desenvolver a doença.

“A incontinência urinária causa impactos na qualidade de vida da pessoa. No convívio social, por exemplo, não tem como se sentir confortável molhado e preocupado com o odor da urina. As pessoas acabam se isolando e deixam de frequentar ambientes”, comenta Tafuri.

O especialista acrescenta outros impactos na vida da pessoa, como a vida sexual. O paciente passará a fugir do contato e intimidade. Além disso, começará a se ausentar do trabalho e terá redução em sua produtividade.

“Haverá limitações ou até mesmo a interrupção das atividades físicas. A pessoa poderá sentir culpa, ter depressão, perder a autoestima, reduzirá a interação social, planejará saídas para locais com banheiros acessíveis e passará a ter necessidade de roupas íntimas e de cama especiais”, acrescenta o urologista.

A principal indicação é que ao reconhecer qualquer sintoma procure um médico urologista e busque pela melhor opção de tratamento.

Urinar assim é normal?

Mulheres em idade avançada, alterações hormonais pós-menopausa, múltiplos partos, obesidade e sedentarismo são algumas das razões da perda da urina por esforço, ou seja, ao tossir, espirrar, carregar peso ou correr.

A perda por urgência, a vontade súbita e necessitada, ocorre por contração involuntária da musculatura da bexiga. Isso pode ocorrer por doenças neurológicas como Parkinson, esclerose múltipla, acidentes vasculares cerebrais (AVC) e diabete mellitus.

A incontinência, a vontade incontrolável de urinar à noite, gotejamento e urgência são alguns dos sintomas de que algo pode estar errado com a bexiga ou próstata.

Os principais sintomas que envolvem problemas na bexiga é a sensação dela cheia, urinar várias vezes ao dia, acordar muitas vezes durante a noite para ir ao banheiro, vontade urgente e descontrolável e não conseguir segurar a vontade de urinar.

Os sintomas relacionados a próstata são jatos fracos durante a urina, jato dividido (spray), esforço e demora para começar a urinar, ir aos poucos e gotejamento após a ida ao banheiro. Ainda há sensação de esvaziamento incompleto da bexiga.

O diagnóstico precoce é muito importante e o tratamento pode envolver terapia comportamental, fisioterapia, medicamentos e/ou cirurgias. Mais recentemente, a medicina disponibiliza a neuromodulação sacral, que é um moderno e o mais abrangente método para o controle de distúrbios do assoalho pélvico, como as incontinências urinária e fecal.

O sistema consiste em colocar no paciente uma espécie de marca-passo e já pode ser realizada em Mato Grosso. O urologista Newton Tafuri concluiu o curso em dezembro passado, em Porto Alegre (RS), e está em fase de seleção de pacientes.

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