O União Esporte Clube comemora hoje (6) 47 anos de história e vive o desafio de voltar a ser protagonista do futebol de Mato Grosso. O Colorado tenta voltar ao passado e ser o que era há dez anos quando foi campeão estadual, batendo o Operário, na final daquele estadual.
Depois daquela conquista o União, nunca mais foi o mesmo, e passou a perambular entre a terceira e quarta força do futebol de Mato Grosso.
O “Glorioso” como é chamado pelos mais antigos viu Luverdense e Cuiabá virarem protagonistas de Mato Grosso e o clube mais tradicional do interior de Mato Grosso virou uma espécie de coadjuvante.
No entanto, nem sempre foi assim, desde a sua fundação por Lamartine da Nóbrega, no dia seis de junho de 1973, o União sempre foi o grande time do Interior, chegando em finais e botando medo em grandes times daquela época, como o Mixto, Operário de Campo Grande (que cheogou a ser terceiro lugar no Brasileiro de 77), Comercial de Campo Grande, Dom Bosco dentre outros.
Na década 70 foram três títulos do torneio incentivo e um vice-estadual (75) e além de ter montado times com grandes craques como Ruíter, Pelezinho e GIlson Lira, que marcou 199 gols com a camisa do Glorioso.
No anos 80, mais dois vices, em 80 e outro no ano de 84, e revelando para o futebol de Mato Grosso, jogadores que tiveram destaque em outros estados como a dupla de atacantes formada por Zuza e Xaxá. No banco de reservas o União também investiu em grandes técnicos como Milton Buzzetto, conhecido como “Rei da Retranca” no futebol paulista, Genésio do Carmo, Nivaldo Santana, dentre outros.
Na década de 90, o União somou mais três vices: 91, 95 e 97. Neste período uma nova safra de jogadores revelados no futsal que o então técnico Carlos Rufino trouxe para os campos como Mangabeira, Marquinhos, Zé Luiz, Newton, dentre outros.
Um dos destaques daquela década era o centroavante Índio.
A entrada do Agronegócio e o título
Nos anos 2000, a rivalidade com o Vila Aurora e a construção do novo estádio Luthero Lopes deu novo impulso ao Colorado,. foi o auge em números e em conquistas.
A equipe no começo da década investiu em um mix de pratas da casa, como o atacante Diogo Galvão, um dos maiores artilheiros que o clube já teve, o meia Tupãzinho, ídolo da nação corinthiana.
O Colorado recebeu um inédito apoio financeiro, a partir de 2003, e passou a ter uma estrutura de time de ponta do futebol nacional, tendo um dos maiores Centro de Treinamentos do Centro-Oeste, graças ao apoio dos empresários Pedro Jacyr Bongiolo, Orlando Polato, Chico da Paulicéia, Arni Spiering, Joãozinho da Brascor, dentre outros.
O resultado foram três vices e a conquista do estadual do ano de 2010 e grandes nomes do futebol nacional vestindo a camisa do clube como Valdir Papel. Paulo Almeida, Elivelton, Romeu, Alex Alves, para citar alguns exemplos.
No entanto, na década atual, o União perdeu investimentos do agronegócio e amarga um jejum de títulos estaduais, que em 2020 completa 10 anos.
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