A Uber está tirando um criticado recurso de seus aplicativos que permitia rastrear os passageiros por até cinco minutos após o fim das corridas, afirmou Joe Sullivan, diretor de segurança da empresa de transporte alternativo. A retirada deve ser anunciada nesta terça-feira (29).
A mudança deve restaurar a habilidade dos usuários de compartilhar a localização enquanto estão usando o app. As atualizações devem começar pelo sistema iOS ainda nesta semana.
A novidade surge em um momento em que a Uber tenta se recuperar de uma série de crises que culminaram na saída do cofundador da empresa, Travis Kalanick, do posto de presidente-executivo.
No lugar dele, deve assumir como novo CEO Dara Khosrowshahi, que lidera a Expedia.
Segundo Sullivan, a retirada da função de rastreamento não tem a ver com mudanças na equipe de executivos.
Como funcionava
O recurso foi incluído no aplicativo em novembro do ano passado, quando a Uber eliminou a opção de os usuários limitarem o consumo de dados de internet para apenas quando o app estiver aberto. No mesmo momento, forçou-os a escolher entre permitir que o Uber sempre coletasse dados de localização ou nunca fizesse isso.
A Uber diz que precisava da permissão para que o app continuasse a ter conexão à rede para que conseguisse rastrear os passageiros por até cinco minutos além do fim da corrida. Isso poderia, diz, ajudar a garantir a segurança física dos usuários.
Caso optassem por não habilitar o rastreamento, os passageiros tinham que incluir automaticamente os endereços de partida e destino.
O recurso, no entanto, gerou uma onda de reclamação em nome da privacidade dos passageiros.
Sullivan diz que o recurso foi suspenso em smartphones com Android e nem chegou a ser liberado para iPhones. Sullivan diz ainda que a Uber cometeu um erro ao pedir mais informações aos usuários sem mostrar claramente o valor que isso teria em seus serviços.