Turquia bloqueia acesso ao WikiLeaks após vazamento de e-mails

Redação PH

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Turquia bloqueia acesso ao WikiLeaks após vazamento de e-mails

A Turquia bloqueou o acesso ao site do WikiLeaks, disse a agência reguladora de telecomunicações do país nesta quarta-feira (20). A medida foi tomada horas depois de o site divulgar milhares de e-mails do partido governista enquanto Ancara lida com os desdobramentos de um golpe militar fracassado.

O Comitê de Telecomunicações e Comunicações da Turquia disse nesta quarta que uma "medida administrativa" foi tomada contra o site – o termo que usa normalmente quando impede o acesso a páginas de internet.

Na terça-feira o WikiLeaks divulgou quase 300 mil e-mails do Partido da Justiça e Desenvolvimento (AKP, na sigla em turco) de um período que vai de 2010 a 6 de julho deste ano. Obtidos antes do golpe malsucedido, a data de sua publicação foi adiantada "em reação aos expurgos pós-golpe do governo", informou o WikiLeaks em sua página.

A fonte dos e-mails não está ligada aos mentores do golpe nem a um partido ou Estado rival, disse o site.

Cerca de 50 mil policiais, soldados, juízes, servidores públicos e professores foram suspensos ou detidos desde a tentativa de golpe no final de semana.

Os aliados ocidentais da Turquia expressaram preocupação com a abrangência da repressão. O presidente Recip Erdogan já afirmou que não deveria haver nenhum atraso no uso da pena de morte no país após a tentativa de golpe contra ele. Ele aguarda aprovação da medida no parlamento.

Fundado por Julian Assange, o WikiLeaks publica material vazado, principalmente de governos. Em 2010, a organização divulgou documentos confidenciais militares e diplomáticos dos Estados Unidos, um dos maiores vazamentos de informação da história.

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