Terrorismo islâmico choca o mundo e deixa Paris de luto

Redação PH

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Terrorismo islâmico choca o mundo e deixa Paris de luto

Quase seis horas da manhã na França, três horas da madrugada no Brasil e milhares de pessoas passaram a noite em vigília nas praças, igrejas e ruas de Paris. De várias cidades da França, homenagens foram feitas às vítimas do atentado ao jornal Charlie Hebdo. Os manifestantes, na luta pela liberdade de expressão, prometem não parar tão cedo em uma grande demonstração de união.

A frase mais usada nas manifestações "Je Suis Charlie", "Eu Sou Charlie", em português, foi a marca dos protestos.

Durante a madrugada, a polícia divulgou fotos de dois irmãos suspeitos de participar do atentado, Said Kouachi, de 34 anos, e Cherif Kouachi, de 32 anos, e alertou que eles podem ser perigosos.

Vinte agentes da polícia antiterror francesa vasculharam um apartamento na cidade de Reims, a 130 quilômetros ao norte de Paris, em busca de pistas que possam levar à captura dos dois homens. Uma verdadeira caçada foi montada na França.

O ataque
O ataque começou por volta das 11h30 da manhã, no horário local. Três homens encapuzados, armados com metralhadoras AK-47, entraram na redação do jornal satírico Charlie Hebdo e começaram a abrir fogo contra os jornalistas e cartunistas que estavam na reunião de pauta que acontece toda quarta de manhã.

Um vídeo amador flagrou dois homens encapuzados saindo do prédio. Eles atiraram no policial que fazia a segurança da revista. O policial, já deitado, fez um apelo ao atirador, mas mesmo assim levou um tiro na cabeça. Eles diziam algo que, em árabe, quer dizer "Deus é grande". Depois, entraram com calma em um carro preto e fugiram.

Logo em seguida, começou uma grande caçada aos atiradores. Um representante da polícia francesa disse que os fugitivos atiraram contra os carros de polícia que encontraram pelo caminho.

O presidente François Hollande convocou uma reunião de emergência no gabinete e elevou o alerta de segurança do país para o máximo.

Mais tarde, a polícia encontrou o carro da fuga batido e abandonado. Ele foi deixado no norte de Paris, onde os atiradores roubaram outro veículo.

O jornal Charlie Hebdo já tinha recebido várias ameaças por causa de caricaturas do profeta Maomé e outros desenhos considerados polêmicos. Pouco antes do ataque, o jornal publicou na internet um cartum satirizando Abu Bakr Al-Baghdadi, o chefe do grupo terrorista Estado Islâmico.

O imã da Grande Mesquita de Paris, Dalil Boubakeur, disse que o ataque não foi feito em nome do islã, pelo contrário, foi um golpe contra todos os muçulmanos.

O presidente da ONG Repórteres sem Fronteiras, Christopher Deloire, disse que o atentado foi uma tentativa de intimidar jornalistas e de restringir a liberdade de imprensa.

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