O mais novo embate entre as Filipinas e a China no Atol Ayugin (Atol Second Thomaz, em inglês) — Ren’ai Jiao para os chineses — envolveu o uso de armas brancas e pontiagudas. Os chineses espantaram, com machados, os filipinos do banco de areia de 16 km de comprimento por 5 km de largura, no Mar da China Meridional — corredor essencial do comércio planetário.
O episódio ocorreu na segunda-feira (17), mas as imagens foram divulgadas pelas Forças Armadas das Filipinas no fim desta semana.
“As ações coercitivas, agressivas e bárbaras da Guarda Costeira da China durante a ação humanitária e a missão de reabastecimento no navio Sierra Madre, no Atol Ayungin, em 17 de junho, resultaram em graves danos aos navios das Forças Armadas das Filipinas, incluindo os seus equipamentos de comunicação e navegação”, dizem as Forças Armadas das Filipinas em comunicado.
Em seguida, os militares filipinos afirmaram que a “Guarda Costeira da China foi flagrada pelas câmeras ao ameaçar, com o uso de armas brancas e pontiagudas, para ferir as tropas das Forças Armadas das Filipinas”.
“A questão central continua a ser a presença e as atividades ilegais da China dentro da nossa jurisdição. O contínuo comportamento hostil da Guarda Costeira da China é o que aumenta as tensões na área”, encerraram os militares filipinos.
Vale lembrar que os filipinos encalharam, de propósito, o navio BRP Sierra Madre no atol no final dos anos 1990 a fim de conter a expansão da China nas águas em disputa. Os marinheiros que vivem no Sierra Madre dependem de suprimentos levados pela Guarda Costeira das Filipinas para sobreviver.
China rebate acusação
Os chineses dizem que os filipinos que vivem no navio Sierra Madre, “ilegalmente encalhado, danificou repetidamente as redes dos pescadores chineses e enviou as redes de pesca obtidas ilegalmente para as águas próximas do seu país”.
Segundo os chineses, “os responsáveis pela aplicação da lei da Guarda Costeira chinesa recuperaram essas redes de pesca obtidas ilegalmente e as devolveram aos pescadores, que puderem recuperar as suas perdas económicas”.