Telegram enfrenta ‘poderoso ataque de negação de serviço’

TeleFoto: Divulgação/Telegram

Telegram enfrenta ‘poderoso ataque de negação de serviço’

O aplicativo de mensagens Telegram disse que sofreu, nesta quarta-feira (12), um “poderoso ataque de negação de serviço”, conhecido como “DDoS Attack” (sigla para “Distributed Denial of Service”). Trata-se da tentativa de tornar os serviços indisponíveis para os usuários.

Segundo nota divulgada em redes sociais, usuários nas Américas e em outros países enfrentaram problemas de conexão. Mas os dados pessoais estão seguros, disse a empresa. Cerca de meia hora após divulgar o ataque, o aplicativo informou que a situação havia se estabilizado.

O Telegram afirmou que, em ataques do tipo, os servidores recebem inúmeras requisições desnecessárias que impedem o processamento das legítimas.

A empresa faz um paralelo com restaurantes: imagine uma legião de pessoas na fila do McDonald’s pedindo um whopper (sanduíche do Burger King). Então, o atendente fica ocupado dizendo para elas que foram ao lugar errado e deixa de atender quem foi ao restaurante certo. O aplicativo diz que é apenas este o efeito: sobrecarga. O ataque não é capaz de roubar o Big Mac ou a Coca de quem está na fila.

O colunista do G1 Aliteres Rohr explica que, na maioria desses casos, os sites e serviços caem pela força bruta: são inundados de conexões e dados não solicitados até que a rede fique congestionada e o site não consiga atender seus visitantes reais.

O site downdetector.com, que reúne relatos de usuários sobre falhas em sites e serviços, identificou problemas no Telegram nesta manhã, a partir das 7h (horário de Brasília). A principal dificuldade era de conexão. Os usuários nos Estados Unidos e no Brasil foram os mais afetados. O Telegram tem mais de 200 milhões de usuários no mundo.

Problemas no Telegram — Foto: Reprodução/DowndetectorProblemas no Telegram — Foto: Reprodução/Downdetector

Problemas no Telegram — Foto: Reprodução/Downdetector

O aplicativo entrou no centro das atenções no Brasil após o site The Intercept publicar supostas mensagens entre procuradores da Lava Jato e o então juiz Sérgio Moro, hoje ministro da Justiça. O Telegram nega que seu servidor tenha sido invadido e sugere que a possível invasão tenha ocorrido nos celulares dos envolvidos. A Polícia Federal investiga o caso.

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