TCU mostra como transformar a tecnologia em aliada no combate às fraudes

TCU mostra como transformar a tecnologia em aliada no combate às fraudes

TCU mostra como transformar a tecnologia em aliada no combate às fraudes

O compartilhamento de Boas Práticas do Controle Externo teve início com a apresentação de ferramentas tecnológicas como o Laboratório de Informações e Controle – Labcontas e os robôs: Mônica, Alice e Sofia.

A auditora federal do Tribunal de Contas da União – TCU, Mônica Cotrim Chaves, formada em Ciências da Computação pela UNB e servidora da Secretaria de Gestão de Informação do Controle Externo, iniciou a apresentação discorrendo sobre o Labcontas, um sistema de grande alcance que integra 96 bases de dados, 55 organizações de controle e uma média de 580 usuários, sendo que 249 são do controle externo.

Segundo a auditora, o Labcontas é um ambiente rico para as auditorias, pois cruza informações que já possibilitaram verificar, por exemplo, o ranking de fornecedores que mais são acessados pelos órgãos públicos federais; a fiscalização de mais de um milhão de Cadastros Gerais de Pessoas Jurídicas – CNPJ; e dois milhões e meio de Cadastros Gerais de Pessoas Físicas – CPF.

Em parceria com o Tribunal Superior Eleitoral – TSE, foi possível detectar, por meio da ferramenta Labcontas, indícios de fraudes em doações para campanhas eleitorais. “Conseguimos constatar 37.888 doadores que eram cadastrados no Bolsa Família”, mostrou Mônica.

O primeiro sistema digital apresentado foi o Robô Mônica, que possibilita ao auditor visualizar de forma ágil e eficiente dados como a visão do órgão contratante, os fornecedores que são mais contratados e os tipos de serviço mais utilizados.

Mônica foi criada pela Secretaria de Fiscalização de Tecnologia da Informação do TCU. “É um importante sistema que tem demonstrado a falta de qualidade nas contratações e tem colaborado para a descentralização de dados”, explicou a auditora.

O Robô Alice trabalha diariamente analisando editais de licitações feitos por todos os órgãos federais. Verifica documentos e os editais publicados no Comprasnet, como também as contratações diretas publicadas no Diário Oficial da União.

Todos os dias, os resultados das análises feitas por Alice são enviadas a todos os auditores do TCU por e-mail. Mônica Cotrim apresentou como resultado do trabalho feito pelo robô a análise de compras de gêneros alimentícios.

“Entre março e junho deste ano, um auditor recebeu a análise de 100 editais que envolviam R$ 1,5 bilhão. Alice é uma ferramenta poderosa de fiscalização e em breve estará analisando obras públicas também”, disse.

O Robô Sofia já é focado em fatos e indícios de irregularidades para cerca de 200 auditores do TCU. “Ele proporciona mais autonomia para o auditor, ele consegue encontrar as falhas sem ter muito conhecimento da tecnologia digital”, comentou a auditora federal.

O ministro substituto do Tribunal de Contas da União, Marcos Bemquerer, ressaltou que as ferramentas apresentadas garantem qualidade na fiscalização e permitem auditorias de grande alcance.

“Nesse primeiro Laboratório de Boas Práticas do Controle Externo estaremos disponibilizando todos os sistemas que aprimoram o trabalho dos Tribunais de Contas do Brasil e podem ampliar a colaboração entre todos os órgãos do controle externo”, avaliou.

O 1º Laboratório de Boas Práticas do Controle Externo ocorre nesta segunda-feira na Assembleia Legislativa e na terça no TCE.

O evento é transmitido ao vivo pela TV Contas e pelo YouTube. Ao final, as palestras estarão disponíveis no Portal da instituição. Todos os trabalhos serão reunidos em um e-book, que será lançado em novembro no Congresso Nacional dos Tribunais de Contas.

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