Suspeito de abusos sexuais trabalhou no Metrô por 5 anos

Redação PH

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Suspeito de abusos sexuais trabalhou no Metrô por 5 anos

O Metrô de São Paulo manteve durante cinco anos no seu quadro de funcionários um supervisor com dois antecedentes de abuso sexual, um por Ato Obsceno, em 2009, quando ele ainda não era funcionário, e outro por Importunação Ofensiva, em 2013, quando já trabalhava na empresa. De acordo com o Diário Oficial, o abusador passou no concurso público em 2008, porém foi admitido em 2010.

Um novo caso foi descoberto nessa sexta-feira (29), quando o funcionário do Metrô, de 38 anos, foi denunciado por uma usuária após ficar mexendo no pênis e mostrá-lo para ela dentro de um vagão na estação Jabaquara, da Linha-1 Azul.

O funcionário, de acordo com o Metrô, foi demitido, porém a empresa não confirma a data. Mas apuração feita pelo R7 levantou que o homem foi demitido por justa causa somente nesta terça-feira (2).

A vítima, de 22 anos, procurou um agente de segurança após passar momentos de terror dentro do vagão do Metrô. Segundo a polícia, o suspeito foi encontrado ainda dentro da estação. No boletim de ocorrência consta a informação de que a denúncia foi confirmada após a vítima descrever as características da cueca do abusador. O homem, que tem uma companheira, foi detido e encaminhado para a delegacia, onde assinou um Termo Circunstanciado e liberado. Quanto aos outros dois termos circunstanciados assinados por ele, o abusador afirmou que "nada foi provado". O caso será investigado pelo 35º DP.

O crime contra a jovem na estação Jabaquara aconteceu dois dias depois do abuso no metrô denunciado pelo R7. Após a divulgação do caso, diversas mulheres assumiram uma postura ativa no combate ao abuso no transporte público. No Twitter "Usuários do Metrô", duas mulheres conseguiram fotografar os abusadores e publicaram as imagens na página. Um protesto também foi feito nesta terça-feira (2), na estação Sé, da Linha-3 Vermelha.

Metrô diz que não pode fazer "investigação social"

O Metrô informa que Sidnei Gomes Barbosa foi demitido da Companhia. Barbosa foi detido e encaminhado à delegacia pelos Agentes de Segurança do Metrô, na estação Jabaquara, após ser denunciado por uma usuária por ato obsceno e importunação ofensiva ao pudor.

A contratação do ex-funcionário ocorreu por meio de concurso público realizado em consonância com a lei. A legislação brasileira não concede ao empregador (incluídas aqui as empresas de economia mista, como o Metrô) a prerrogativa de realizar uma 'investigação social' dos candidatos, exceto em casos específicos, como para o exercício de atividades de segurança, por exemplo.

O Metrô repudia o abuso sexual e não compactua nem tolera a postura individual deste ex-funcionário. O abuso é um crime que deve ser combatido dentro e fora do transporte público e a empresa trabalha continuamente com campanhas de cidadania e de alerta aos usuários sobre condutas de suspeitos que possam colocar em risco a segurança de todos. Os agressores não podem ficar impunes e as mulheres precisam, evidentemente, se sentir seguras para denunciar o assédio. Para isso, o Metrô desenvolve estratégias de segurança para coibir crimes em sua dependência e oferece atendimento às vítimas.

São mil agentes de segurança treinados para agir em benefício de todos os passageiros, sejam eles homens ou mulheres, idosos, adultos ou crianças, além de contar com câmeras de vigilância em trens e nas estações. A colaboração dos usuários é fundamental para que todos os passageiros tenham seus direitos respeitados. O SMS-Denúncia (97333-2252) é uma ferramenta à disposição da população para propiciar a interação do usuário e promover agilidade no combate às práticas irregulares, infrações ou crimes.

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