Solto após operação em MT, ex-chefe de gabinete usa tornozeleira eletrônica

Redação PH

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Solto após operação em MT, ex-chefe de gabinete usa tornozeleira eletrônica

Preso na operação Arqueiro por suposto envolvimento com desvio de dinheiro da Secretaria de Trabalho e Assistência Social (Setas), o ex-chefe de gabinete do ex-governador de Mato Grosso Silval Barbosa (PMDB), Sílvio Cezar Corrêa Araújo, é o único dos quatro principais réus da operação Arqueiro que está fazendo uso de tornozeleira eletrônica após ter sido liberado, conforme determinação da Justiça. O uso do aparelho foi imposto devido ao risco de fuga sugerido por mensagens encontradas em um aplicativo de celular. A defesa do réu não foi encontrada para comentar a medida.

Sílvio Cezar Corrêa Araújo é acusado de integrar o grupo supostamente liderado pela ex-primeira-dama do estado Roseli Barbosa para fraudar contratos de convênios da Setas, da qual Roseli era titular durante a gestão do marido Silval Barbosa, e desviar o valor superfaturado. Além deles, são réus o ex-assessor especial da Setas Rodrigo de Marchi e o empresário Nilson Costa e Faria.

Após as prisões no último dia 20 pela fase “Ouro de Tolo” da operação Arqueiro, todos os quatro réus obtiveram Habeas Corpus no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e foram liberados. Como condição para responderem às acusações em liberade, a Justiça determinou que todos obedeçam a uma série de medidas restritivas, como a entrega dos passaportes e outras restrições, mas apenas para Sílvio a juíza Selma Rosane Santos Arruda, da Sétima Vara Criminal, determinou o uso de tornozeleira eletrônica.

De acordo com o Ministério Público, o uso da tornozeleira por parte do ex-chefe de gabinete é imprescindível devido a indícios de que ele estaria planejando uma fuga. O intuito teria ficado claro em mensagens encontradas em um aplicativo de telefone celular no qual o réu tentou conversar com uma servidora da Casa Militar pedindo ajuda para expedir um passaporte para tentar deixar o país.

A conversa teria ocorrido após a prisão na operação Arqueiro. Para o Ministério Público, as evidências de que se trata do réu são a imagem utilizada como “avatar” no aplicativo (uma imagem de Nossa Senhora Aparecida, santa da qual ele declarou ser devoto) e a denominação utilizada de “Matupá”, cidade onde ele já residiu, a 696 km de Cuiabá (local de residência também do ex-governador Silval Barbosa). Em audiência com a juíza, o réu negou o suposto plano de fuga e negou que tivesse utilizado telefone celular enquanto esteve preso.

A reportagem tem tentado contato com o advogado que defende o ex-chefe de gabinete de Silval Barbosa, mas sem sucesso.

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