Sinfra fará licitação emergencial para reparar balsa do Rio Xingu

Sinfra fará licitação emergencial para reparar balsa do Rio Xingu
Divulgação

Sinfra fará licitação emergencial para reparar balsa do Rio Xingu

A balsa “Estradeiro I” e o rebocador “Estradeiro II”, utilizados no transporte sobre o rio Xingu, no município de São José do Xingu (a 951 km de Cuiabá), foram retirados de operação por tempo indeterminado por não apresentarem condições seguras de trafegabilidade. A suspensão do funcionamento deve-se à falta de manutenção regular da estrutura por parte da comunidade da etnia Kayapó, que opera o modal.

Para dar uma solução à situação e regularizar a travesseia de carros, carretas e caminhões no prolongamento da MT-322, sobre o rio Xingu, a Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra), por meio da Adjunta de Concessões e Logística (Saloc), deu início a um levantamento das condições do modal para realização de uma licitação emergencial visando o reparo da balsa.

A decisão de interdição acontece dois meses após a realização de reunião, na sede da Sinfra, com cerca de 20 lideranças indígenas da etnia Kayapó, que se comprometeram a manter a operação do equipamento com horários regulares, preços fixos e em condições de segurança.

O encontrou contou com a presença de representantes da Fundação Nacional do Índio (Funai) e atendeu a uma solicitação do Ministério Público Federal (MPF) e da Marinha.

Porém, em inspeção no início de agosto, a Marinha do Brasil, por meio da Agência Fluvial de São Félix do Araguaia, detectou que a balsa e o rebocador continuavam sem “condições seguras para navegação e a salvaguarda da vida humana”, o que acarretou a decisão de parar o transporte.

A embarcação operada pelos kayapó, apesar de ser do Governo do Estado, está localizada a 42 quilômetros do município São José do Xingú na reserva indígena “Capot Jarina”, dentro do Parque Nacional do Xingu, no prolongamento da MT-322, que é responsabilidade do governo estadual.

“O que queremos é que a balsa opere dentro das normas de segurança, que haja boias, coletes salva-vidas para os usuários, como determina a Marinha, com preços e horários fixados”, destacou o secretário adjunto de Concessões e Logística da Sinfra, Huggo Waterson.

Segundo o adjunto, desde a sua aquisição a balsa é administrada pelas aldeias indígenas locais, porque apesar de ser patrimônio e jurisdição do Estado de Mato Grosso, a travessia acontece dentro de área de reserva.

“Há menos de três anos a Sinfra realizou, por meio de contratação da empresa Centro-Oeste Navegações LTDA, a reforma completa da estrutura de navegação, porém atualmente equipamento já está repleto de avarias e corre risco de afundar pela ausência de manutenção por parte dos indígenas. Chamamos as lideranças, conversamos e eles se comprometeram a resolver a questão, mas ainda não tomaram as providências, então o Estado vai intervir para atender satisfatoriamente a necessidade da população e as normas da Marinha”, disse.

+ Acessados

Veja Também